
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou acordos para a produção na China da vacina contra dengue 100% desenvolvida pelo Instituto Butantan e de transferência de tecnologias chinesas para produção de medicamentos no Brasil.
Os acordos foram firmados durante a visita do ministro à China, acompanhando o presidente Lula, e envolvem órgãos públicos e empresas privadas.
No caso das vacinas contra a dengue, Padilha comentou que “o Butantã resolveu a tecnologia, mas não tinha a capacidade de produção de escala para atingir rapidamente o público brasileiro”.
Agora, com a cooperação da China, “certamente teremos o maior programa de vacinação pública contra a dengue, com a nova vacina desenvolvida pelo Instituto Butantã”.
Foi determinada a criação do Instituto Brasil-China para Inovação em Biotecnologia e Doenças Infecciosas e Degenerativas (iBRID), em parceria entre a brasileira Eurofarma e a chinesa Sinovac Biotech.
A partir desse Instituto, “o Brasil vai poder produzir vários tipos de vacina que têm tecnologia dessa empresa chinesa, uma das maiores produtoras de vacina da China e do mundo, e produzir não só para o Brasil, mas uma plataforma de exportação para todo o Sul Global”, comentou o ministro.
Ainda na viagem, Alexandre Padilha anunciou a assinatura de acordos para a produção no Brasil de equipamentos médicos fundamentais para o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
É o caso dos equipamentos de ressonância nuclear magnética e de ultrassom portátil “que podem ir para a Unidade Básica de Saúde, pode estar no SAMU ou num barco na região amazônica brasileira”. Além disso, o Brasil passará a ser parte do “seleto grupo de dez países” que produzem aceleradores lineares para tratamento de câncer.
Ele ainda visitou a fábrica da Gan & Lee, onde é produzida insulina glargina para o tratamento de diabetes. A Gan & Lee fechou um acordo com a Fiocruz e a Biomm para que o biossimilar seja produzido no Brasil já em 2025.