Jair Bolsonaro reuniu na última sexta-feira (30) um grupo de empresárias em São Paulo. No almoço realizado no Palácio Tangará, no Morumbi, criticou o Supremo Tribunal Federal, disse que não temia CPI e combateu as medidas preventivas contra a pandemia implementadas pelos governadores.
No dia anterior (20), o Brasil atingia a trágica marca de mais de 400 mil vidas perdidas para a Covid-19. No evento que reuniu cerca de 30 a 4O empresárias não se falou em vacinação e no projeto que tramita no Congresso Nacional de igualdade salarial entre homens e mulheres, considerado “muito polêmico”, disse Marly Parra, conselheira da iHub Investimentos e ex-executiva da E&Y e do GPA, fazendo coro com Bolsonaro contra a igualdade salarial.
O encontro foi organizado pelo Grupo Voto e sua CEO, Karim Miskulin, entre outras executivas de multinacionais que atuam no Brasil.
Bolsonaro reiterou que o governo federal não continuará dando ajuda financeira às famílias caso as restrições de circulação permaneçam e reclamou do auxílio emergencial dizendo que por ele daria auxílio só para os idosos com mais de 60 anos.
Além de Bolsonaro, estiveram no encontro os ministros da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos; da Cidadania, João Roma; da Economia, Paulo Guedes; da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas; da Segurança Institucional, Augusto Heleno; da Comunicação, Fábio Faria; o presidente da Caixa, Pedro Guimarães; a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) e o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf.
Como se fosse uma redoma em meio à maior crise sanitária do país, o almoço tratou de como garfar mais recursos do povo brasileiro, através das chamadas reformas estruturantes de Guedes. Todos e todas sem máscaras. Nenhuma palavra sobre as vacinas tão necessárias nesse momento trágico da pandemia, muito menos sobre o projeto que estabelece salário igual para as mulheres trabalhadoras que desempenham as mesmas funções dos homens no mercado de trabalho.