
A candidata à Presidência, Simone Tebet, do MDB, PSDB, Cidadania e Podemos, criticou a redução dos investimentos para a Polícia Federal combater o crime, no orçamento do governo para 2023.
“Despencando! Não há melhor definição para o orçamento dos investimentos em repressão e prevenção ao crime. R$ 99 mi em 2021, R$ 92 mi em 2022 e proposta de R$ 3 mi em 2023, o que equivale a 96% de redução”, escreveu no Twitter.
“Na teoria, combate ao crime. Na prática, pouca verba. A pergunta que não quer calar é: pra onde vai o dinheiro público? Onde está sendo usado? Vamos acabar com o orçamento secreto e desvendar esses mistérios”, criticou Tebet.
Na quarta-feira (31), Bolsonaro enviou ao Congresso a proposta do Orçamento para 2023.
Para manter as emendas de relator, o orçamento secreto, que em 2023 estão previstos R$ 19,4 bilhões, o governo está raspando dinheiro dos já reduzidos orçamentos da Educação, Saúde, Ciência e Tecnologia, da segurança e outros setores.
Por exemplo, Bolsonaro tinha dito que o auxílio Brasil de R$ 600 permaneceria em 2023, mas enviou uma proposta de orçamento que prevê um auxílio de apenas R$ 405.
Na proposta de Orçamento do governo para 2023, há uma previsão de corte de 42% nas verbas discricionárias do Ministério da Saúde, usadas na compra de materiais, equipamentos e para investimentos.
No próximo ano, a Saúde terá direito a R$ 20,3 bilhões para despesas não obrigatórias, conforme proposta divulgada pelo Ministério da Economia nesta quarta-feira (31). Desse montante previsto para o ano que vem, R$ 10,42 bilhões estão numa reserva de emendas de relator. Em sua política de barganhar apoio político usando verbas da Saúde em troca de benefícios a quem aderir ao seu grupo, acaba trazendo muitos prejuízos a um setor que foi fundamental para o país na pandemia e que continua sendo.
Pelo orçamento secreto, os recursos são distribuídos aos aliados do governo sem critérios e sem transparência. Muitas vezes vão para locais que não têm necessidade.