“Vamos colocar o programa de governo de Lula no orçamento e no planejamento”, diz Tebet

A futura ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), com Lula. Foto: Ricardo Stuckert
Futura ministra do Planejamento declarou que sua parceria com Fernando Haddad (Fazenda) não “tem como dar errado”

Anunciada pelo presidente eleito e diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na quinta-feira (29), para ocupar o cargo de ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB) afirmou que “não tem como dar errado”, a parceria dela com Fernando Haddad (PT), futuro ministro da Fazenda. Ambos tomam posse nas respectivas pastas dia 2 de janeiro.

“Nós vamos servir, como ministério meio, nós vamos servir todas as pastas. Nós vamos produzir diagnóstico, material, dados, elementos, projetos e colocar o programa de governo do presidente Lula no orçamento e no planejamento”, a futura ministra do Planejamento.

Tanto o Ministério do Planejamento quanto o da Fazenda são partes do atual Ministério da Economia, que foi dividido em quatro. Além desses, fazem parte do “pacote econômico”, os ministérios da Gestão, de Esther Dweck, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).

“NÃO TEM COMO DAR ERRADO”

Ao ser questionada por jornalistas, na quinta-feira, Tebet disse que “sem dúvida nenhuma” vai trabalhar com Haddad.

“Nós já começamos tendo três identidades: somos professores universitários, ele tem parentes no meu Estado [Mato Grosso do Sul], somos amigos em comum, e ele me deu a terceira, que nós somos de origem libanesa. Então, não tem como dar errado”, afirmou a futura ministra.

Ao ser anunciada como ministra nesta quinta-feira, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília, sede do governo de transição, Tebet chamou Haddad para foto.

A senadora estava sendo fotografada ao lado de Lula, no palco do anúncio, e chamou Haddad para sair no registro. Sorrindo, o futuro ministro se aproximou e deu a mão a Tebet.

Em entrevista ao jornal O Globo, Haddad disse que Tebet tem a “simpatia pessoal” dele e que ambos vão procurar entrar em acordos no comando dos ministérios.

“Simone tem minha simpatia pessoal, é uma pessoa transparente, que vai colocar, somar e refletir junto. E ela falou que em mais de 90% da agenda, ela e eu chegaríamos à mesma conclusão. E, naquilo que porventura houver divergências, há uma instância de arbitragem, que é a Presidência da República”, afirmou.

BANCOS PÚBLICOS

Prestes a assumir a Fazenda, Haddad anunciou na manhã desta sexta-feira (30), os nomes das duas mulheres que vão comandar os bancos públicos na gestão de Lula.

A nova presidente da Caixa Econômica Federal vai ser Rita Serrano, funcionária do banco e membro do conselho de administração. Serrano foi presidente do Sindicato dos Bancários do ABC Paulista estre 2006 e 2012.

Ela atua como conselheira da Caixa desde 2014 e é representante dos empregados do banco no board. Também coordenava o comitê de defesa de empresas públicas.

Para presidir o BB (Banco do Brasil), o governo eleito escalou Tarciana Medeiros. Ela trabalha na instituição financeira desde 2000 e há três anos atuava como gerente executiva. Ela vai ser a primeira mulher a assumir a presidência do Banco do Brasil, em 214 anos de história.

Ao anunciar as nomeações, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que as indicadas “estão absolutamente alinhadas com o plano de governo do presidente Lula, sabem dos desafios que estão colocados em relação ao sistema de crédito no Brasil”, e mencionou projeto imediato de renegociação de dívidas para famílias de baixa renda endividadas.

Veja a composição completa do ministério de Lula, que assume dia 2 de janeiro:

1) Advocacia-Geral da União (AGU): Jorge Messias

2) Agricultura, Pecuária e Abastecimento: Carlos Fávaro (PSD)

3) Casa Civil: Rui Costa (PT)

4) Cidades: Jader Filho (MDB)

5) Ciência e Tecnologia: Luciana Santos (PCdoB)

6) Comunicações: Juscelino Filho (União Brasil)

7) CGU (Controladoria-Geral da União): Vinícius Carvalho

8) Cultura: Margareth Menezes

9) Desenvolvimento Agrário: Paulo Teixeira (PT)

10) Defesa: José Múcio Monteiro

11) Desenvolvimento Social: Wellington Dias (PT)

12) Direitos Humanos: Silvio Almeida

13) Educação: Camilo Santana (PT)

14) Esporte: Ana Moser

15) Fazenda: Fernando Haddad (PT)

16) GSI (Gabinete de Segurança Institucional): Marco Edson Gonçalves Dias

17) Gestão: Esther Dweck

18) Igualdade Racial: Anielle Franco

19) Indústria e Comércio: Geraldo Alckmin (PSB)

20) Integração e Desenvolvimento Regional: Waldez Góes (PDT)

21) Justiça e Segurança Pública: Flávio Dino (PSB)

22) Meio Ambiente: Marina Silva (Rede)

23) Minas e Energia: Alexandre Silveira (PSD)

24) Mulheres: Cida Gonçalves

25) Pesca: André de Paula (PSD)

26) Planejamento e Orçamento: Simone Tebet (MDB)

27) Portos e Aeroportos: Márcio França (PSB)

28) Povos Indígenas: Sônia Guajajara (PSol)

29) Previdência Social: Carlos Lupi (PDT)

30) Relações Exteriores: Mauro Vieira

31) Relações Institucionais: Alexandre Padilha

32) Saúde: Nísia Trindade

33) Secretaria-Geral da República: Márcio Macêdo

34) Secom (Secretaria de Comunicação Social): Paulo Pimenta (PT)

35) Trabalho: Luiz Marinho (PT)

36) Transportes: Renan Filho (MDB)

37) Turismo: Daniela do Waguinho (União Brasil)

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