A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta segunda-feira (3), traz o presidente Lula à frente de Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo, do cantor Gusttavo Lima e do fascistinha da cadeirada, Pablo Marçal (PRTB), na disputa para a Presidência em 2026.
A pesquisa, no entanto, mostra que a vantagem do presidente em relação aos seus adversários caiu consideravelmente em relação a dezembro.
O levantamento testou quatro cenários para o primeiro turno e seis para o segundo. O presidente aparece na frente em todos eles nas intenções de voto, assim como ocorreu na rodada anterior, divulgada em dezembro.
No último mês de 2024, Lula venceria o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) com 26 pontos de frente; essa diferença caiu para nove pontos agora. Contra o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), a vantagem caiu de 34 para 19 pontos no mesmo período. No cenário mais apertado, o presidente aparece à frente do sertanejo Gusttavo Lima, com 41% das intenções de voto a 35%.
As intenções de voto em Lula variam entre 28% e 33%, dependendo da composição da disputa. O resultado mostra que Lula mantém um piso histórico médio e 30% dos votos. Há um empate técnico entre rejeição e aprovação de Lula: 49% dos eleitores conhecem o presidente, mas não votariam nele nas eleições, e 47% conhecem e votariam nele em 2026. O levantamento mostra que 78% dos eleitores não conseguem dizer espontaneamente em quem votariam se as eleições fossem hoje.
A pesquisa questionou ainda os participantes de forma espontânea, quando não são apresentadas as opções de candidatos. Neste cenário, 78% dos entrevistados se disseram indecisos. Outros 9% citaram Lula, assim como mais 9% indicaram voto no ex-presidente Jair Bolsonaro, que não pode disputar o pleito.
O cantor Gusttavo Lima foi citado por 1% e outros 1% indicaram outros nomes, enquanto 2% afirmaram que vão votar em branco, nulo, ou que não pretendem participar do pleito.
Em um dos cenários com maior número de candidatos, Lula registra 30% das intenções de voto. Em seguida, aparecem o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com 13%, o cantor Gusttavo Lima, que demonstrou interesse em concorrer à Presidência, mas ainda não tem partido, com 12%, e o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), com 11%.
Ciro Gomes (PDT), veterano em eleições presidenciais, marca 9%, ficando à frente dos governadores Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil), ambos com 3%. Nesse cenário, 14% dos eleitores optariam por votos brancos ou nulos, e 5% se declaram indecisos.
A pesquisa mostra ainda que Lula conseguiria eleger Haddad nas eleições de 2026 caso não tente a reeleição, mas com uma margem menor de votos. O presidente tem dado sinais dúbios se pretende ou não concorrer a um quarto mandato, e o ministro é o nome mais forte apontado para herdar o capital político do petista.
A pesquisa revela ainda que Jair Bolsonaro permanece como o nome mais forte da oposição, mas está inelegível. Já Fernando Haddad, ministro da Fazenda, tornou-se a liderança mais rejeitada, com 56% de avaliação negativa (gráfico). O instituto entrevistou 8.598 pessoas entre os dias 4 e 9 de dezembro, apresentando uma margem de erro de um ponto percentual e um nível de confiança de 95%.