Após Augusto Aras atacar a Operação Lava Jato, o grupo diz que governo Bolsonaro “ficou mesquinho, ficou pequeno, ficou medíocre
O grupo Vem Pra Rua, que organizou manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma e fez campanha para Jair Bolsonaro, abandonou o governo depois dos ataques do procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, à Operação Lava Jato.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o movimento acusa o governo de não ser contra a corrupção e ter “preferência mesquinha por intrigas políticas e nada republicanas”.
O Vem Pra Rua pede o “Fora Bolsonaro”.
“Ficou evidente que Bolsonaro tinha outros planos. O que vemos é a destruição de reputações, ataques mentirosos àqueles que não se ajoelharam diante de seus planos”, diz o vídeo.
“Agora, o inegável furor com que tenta usar o cargo e a máquina do Estado a seu favor. Inegável porque está gravado. Ficou claro que o caminho da esperança foi desviado”.
“O governo acabou com as chances de seguir um bom caminho, de lutar um bom combate. Ficou mesquinho, ficou pequeno, ficou medíocre. Por isso, estamos de luto”.
“Quem tem equilíbrio e não se encontra hipnotizado com as narrativas desse governo, está de luto. Vamos transformar nosso luto em luta. Fora Bolsonaro”, conclui.
Na terça-feira (28), o PGR escolhido por Jair Bolsonaro disse que “agora é a hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure”. Ele insinuou que a Lava Jato tenha obtido provas de formas ilegais e desrespeitando direitos.
O Vem Pra Rua publicou em suas redes sociais uma imagem dizendo “que [Aras vai] enterrar a maior operação de combate à corrupção” e que Bolsonaro cometeu “o maior estelionato eleitoral da história do Brasil”.
Na quinta-feira (30), o movimento levou uma faixa até a frente do prédio da PGR chamando Aras de “inimigo da Lava Jato”. O grupo está levantando a hashtag #ArasCoveiroDaLavaJato.