
Em setembro, setor variou 0,6% em relação a agosto
O comércio varejista variou em setembro 0,6% frente a agosto, na série com ajuste sazonal, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (11). Foi a quinta alta consecutiva desde maio de 2020, quando subiu 12,2% após desabar -16,6% em julho, devido à pandemia, quando grande parte das atividades econômicas foram paralisadas para conter o avanço da Covid-19.
Com a variação de 0,6%, o comércio varejista voltou ao patamar de antes da pantemia e acumula no ano 0,0%. No acumulado dos últimos 12 meses, o resultado ficou positivo em torno de zero: 0,9%.
O IBGE também revisou o registado em agosto, de 3,4% para 3,1%, e de julho, de 5% para 4,7%.

O resultado de setembro ficou aquém do esperado pelo chamado “mercado”, entre outros desavisados, que acreditam na ladainha do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o país está crescendo em “V”.
Com o desemprego batendo recorde e a renda caindo, não há comércio que aguente, assim como não há produção. Em setembro, segundo o IBGE, a produção industrial cresceu 2,6%, eliminando as perdas registradas entre março e abril, mas acumula no ano uma queda de 7,2%.
Na passagem de agosto para setembro de 2020, houve alta em cinco das oito atividades pesquisadas: Livros, jornais, revistas e artigos de papelaria (8,9%); Combustíveis e lubrificantes (3,1%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,1%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (1,1%) e Móveis e eletrodomésticos (1,0%). Por outro lado, tiveram queda: Tecidos, vestuário e calçados (-2,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,6%); e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0.4%).
No varejo ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, o volume de vendas cresceu 1,2% em relação a agosto de 2020, quinta variação positiva consecutiva. No acumulado do ano acumula queda de -3,6% e em doze meses menos 1,4%.
Segundo o IBGE, o setor de Veículos está entre os que lideram as taxas negativas em 2020. No acumulado no ano (-18,1%) está no campo negativo desde março de 2020. Nos últimos 12 meses, ao registrar -11,6% até setembro, mostra perda de ritmo em relação ao acumulado até agosto (-10,7%), e ainda está 9,3% abaixo do nível de fevereiro.