
Comércio varejista caiu 0,1% no mês, aponta IBGE. Já no comércio ampliado – que incluiu veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios – a queda foi de -2,5%
As vendas no comércio varejista no país caíram -0,1% na passagem de maio para junho. Foi o terceiro mês seguido de queda. Em maio, o comércio varejista recuou -0,4% e em abril -0,3%, acumulando nos três meses uma queda de -0,8%. Com isso, a média móvel foi de -0,3% no trimestre encerrado em junho.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas caiu 2,5% em junho, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Segundo Cristiano Santos, pesquisador do IBGE, entre os fatores que levaram a queda lenta dos últimos meses estão o arrocho no crédito, provocado pela alta taxa de juros imposta pelo Banco Central.
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a inadimplência atingiu 30,2% dos brasileiros, o maior patamar desde setembro de 2023. O presidente da entidade, José Roberto Tadros, ao divulgar a pesquisa no início de agosto, pediu atenção das autoridades “para que se evite uma estagnação no comércio e nos serviços”.
No acumulado no primeiro semestre do ano, o comércio varejista restrito fechou em 1,8%. No comércio varejista ampliado, o volume de vendas fechou em 0,5%.
Em junho, cinco das oito atividades do comércio varejista apresentaram quedas: material para escritório, informática e comunicação (-2,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%), Móveis e eletrodomésticos (-1,2%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,9%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%).
Os resultados positivos entre maio e junho de 2025 foram registrados em Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,0%), Tecidos, vestuário e calçados (0,5%) e Combustíveis e lubrificantes (0,3%).
No comércio varejista ampliado, a atividade de Veículos e motos, partes e peças caiu (-1,8%), assim como Material de construção (-2,6%).