Contribuíram para queda de 0,7% no mês os segmentos de móveis (-5,9%), de veículos (-3,6%) e de metalurgia (-3,5%). Em doze meses, as vendas do setor acumulam queda de 8,9%, segundo a Fiesp
A indústria de transformação paulista sente os efeitos da economia em frangalhos: nos 12 meses até maio de 2022, as vendas reais do setor tombaram 8,9%. Os dados são do Levantamento de Conjuntura realizado pela Federação e Centro das Indústrias Paulistas (Fiesp e Ciesp).
A contração de 0,7% em maio na comparação com o mês anterior não deixa dúvidas da gravidade da crise que enfrenta o setor diante de uma economia estagnada e inflação acelerada. Foi o terceiro resultado negativo nos cinco primeiros meses do ano (além de maio, houve queda de 1,2% em fevereiro e de 1% em março).
Como desdobramento da carestia, juros altos e queda na renda da população, os setores de móveis (-5,9%), de veículos (-3,6%) e de metalurgia (-3,5%) foram os que mais contribuíram com o dado do mês.
Os salários reais médios dos trabalhadores das indústrias paulistas, por sua vez, caíram 2% no acumulado de 12 meses até maio. Na comparação mensal, este dado apresentou variação de 0,1% que “porém, não recuperam a variação negativa de abril (-0,3%)”.
De acordo com a pesquisa mensal da indústria realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor produtivo permaneceu, em maio, abaixo dos níveis de produção de antes da pandemia. Em 12 meses, o volume de produção acumula queda de 1,9%.
“Com esses resultados, o setor industrial ainda se encontra 1,1% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 17,6% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011″, destacou o IBGE.