
O vereador de Araraquara (SP), Guilherme Bianco (PCdoB), sofreu um atentado com uma bomba caseira, na noite de segunda-feira (30), em frente à Câmara dos Vereadores.
Ele e a servidora Angélica Ribeiro, da Secretaria de Educação, que o acompanhava, não ficaram feridos. Um Boletim de Ocorrência já foi registrado e a investigação será realizada pela Polícia Civil.
Os dois tinham saindo da Câmara, por volta das 19h30, pela rua lateral (Duque de Caxias) e caminhavam em direção a um estacionamento na outra calçada quando um carro se aproximou em alta velocidade e de dentro dele foi arremessado uma pequena bomba.
O artefato, segundo o vereador, explodiu no ar, não os atingindo. “Nos abaixamos por instinto de ver algo pegando fogo vindo na nossa direção. Mas passou muito perto”, relatou ao ACidadeON.
Guilherme e Angélica não ouviram nenhum grito antes ou depois da aproximação do carro e da explosão da bomba. Pela velocidade do atentado, os dois não conseguiram registrar mais detalhes.

Logo em seguida, Bianco foi à delegacia de polícia e registrou um Boletim de Ocorrência por tentativa de lesão corporal.
A investigação será realizada pela Polícia Civil. As imagens das câmeras de segurança da Câmara Municipal já foram solicitadas.
Guilherme Bianco afirma que o atentado ocorreu por conta de seus posicionamentos políticos contrários às ideias antidemocráticas dos bolsonaristas e extremistas da cidade. “Não por quem eu sou, mas por aquilo que eu defendo, pelo que represento na Câmara”, disse.
Ele enfatizou que não tem “qualquer conflito” pessoal “com ninguém”.
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) se solidarizou e exigiu investigação do atentado. “É uma agressão movida à intolerância! Exigimos investigação já!”, cobrou o deputado.
GRUPOS BOLSONARISTAS PRODUZEM FAKE NEWS
Apesar de diversas ameaças feitas por bolsonaristas de Araraquara, é a primeira vez que uma tentativa de lesão se concretiza contra o vereador Guilherme Bianco.
Esse comportamento violento é insuflado por fake news que são produzidas e distribuídas de maneira organizada contra o vereador do PCdoB e de outros partidos não-bolsonaristas.
No caso da aprovação, na semana passada, de um Projeto de Lei para a regularização das sepulturas do Cemitério São Bento, no centro da cidade, os grupos bolsonaristas no Whatsapp rapidamente foram inundados de fake news, chamando o PL de “IPTU dos mortos”.
Araraquara se tornou um dos focos do debate nacional por conta de mentiras divulgadas por Jair Bolsonaro pessoalmente sobre a cidade. O presidente disse que a população da cidade estava comendo “cães e gatos (…) porque estava passando fome”.
Ele disseminou essa mentira para atacar as medidas de combate ao coronavírus tomadas na cidade.
Araraquara realizou campanhas de testagem em massa, com busca ativa de casos, e teve momentos de distanciamento social mais radical, enquanto o país passava pelas ondas que deixavam milhares de mortos por dia.
Bolsonaro, por outro lado, defendia medicamentos ineficazes como cloroquina e ivermectina, além de apostar na “imunidade de rebanho”.
ORLANDO SILVA FOI AGREDIDO POR BOLSONARISTA EM SÃO PAULO
Na noite do dia 2 de maio, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) estava jantando com colegas em um restaurante no bairro da Liberdade até que um bolsonarista começou a xingá-lo e ameaçá-lo.
“A primeira frase foi a que mais me impactou. Ele disse: ‘aqui não é lugar para você estar’. E aí começou um discurso político: ‘vocês acabaram com o Brasil. Bolsonaro vai destruir vocês, vagabundos’”, contou Orlando.
Os funcionários do restaurante tentaram tirar o homem do local, mas ele insistiu em ficar e ameaçou o deputado.
Depois das agressões verbais e ameaças, o bolsonarista empurrou Bruna Brelaz, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), que estava junto com Orlando, e tentou arremessar uma cadeira na outra mulher que os acompanhava.
A manchete está em desacordo com a realidade. Ela diz que um bolsonarista teria arremessado a bomba, mas as investigações ainda não foram concluídas, tornando leviana a informação. É claro que não exclui a possibilidade de o atentado ter sido feito por um apoiador do Presidente Jair Bolsonaro, pois existem fanáticos em ambos dos lados da polarização política. Basta dizer que um Adélio Bispo, um militante de esquerda, tentou assassinar o candidato a presidente do qual ele não gostava.
Nesse cenário polarizado, é preciso tomar mais cuidado com a informação, porque ela é coisa muito séria. Veja o estrago que causou aquela menina de esquerda que cortou a si mesma para fazer uma suástica nazista e mentir, dizendo que foram apoiadores do Presidente que teriam feito aquilo. Nos vários meses entre a falsa denúncia e o laudo da polícia confirmando que os ferimentos foram auto infligidos houve uma grande campanha de difamação do então recém-eleito Presidente, causando tumulto e alimentando falsas narrativas da esquerda.
A manchete não diz que foi um bolsonarista que jogou a bomba. A manchete diz que foi um grupo fascista. É você que está dizendo que é a mesma coisa. E, provavelmente, tem razão.