Vice da Câmara propõe punição ao ministro da Saúde se não cumprir plano e não vacinar o país

Vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM). Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom - Agência Brasil
Faltou apenas incluir no projeto uma sanção, mais gravosa, é óbvio, pelo cargo que ocupa, ao responsável maior pelo combate ao coronavírus, o presidente da República

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PP-AM), defendeu que o Congresso Nacional crie uma lei para punir o ministro da Saúde no caso de descumprimento do cronograma de vacinação contra o coronavírus.

“A gente pune quem fura-fila, a gente pune o agente de saúde que dá vacina de vento, mas não pune o ministro por não entregar cronograma de vacinação”, argumentou Ramos.

“O mecanismo legislativo pode trazer improbidade legislativa para o ministério”, disse à coluna de Andréia Sadi, no G1.

Depois de ignorar ofertas feitas por empresas que produzem a vacina e atrasar a compra dos imunizantes, o Ministério da Saúde não consegue organizar um calendário sólido para a vacinação no país.

Os vários planos que o governo Bolsonaro apresentou chegam a contar com vacinas cujos contratos de compra sequer foram fechados com os produtores. Outros, depois de muito postergar, assinou somente agora, como é o caso da vacina russa Sputnik V.

“Qual é o verdadeiro cronograma de vacina? Ninguém sabe”, criticou Marcelo Ramos.

“Temos de fazer um esforço no Congresso e arrancar a caixa preta da vacinação do Ministério da Saúde”, continuou.

O deputado disse que vai acionar os consultores da Câmara para preparar um projeto de lei que trate do assunto. Para ele, o ministro só não deve ser punido “se for justa causa, como se não tivesse vacina”.

Em suas redes sociais, Ramos afirmou que “não existem dois remédios, um para pandemia e outro para economia. O remédio pra pandemia e pra economia é o mesmo: vacina! É vacina no braço e comida no prato!”.

Faltou apenas o deputado incluir no projeto uma sanção, mais gravosa, é óbvio, pelo cargo que ocupa, a quem, de fato e de direito, é o responsável maior pela política sanitária de enfrentamento da pandemia, o presidente Jair Messias Bolsonaro.

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