“Vamos levar 3 meses para vacinar as crianças com o calendário de aquisição/distribuição da Pfizer. Podemos antecipar esse prazo se a Coronavac for autorizada”, argumentou o secretário
O vice-presidente-sudeste do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), Nésio Fernandes, Secretário de Saúde do Espírito Santo, comemorou o acatamento pelo Ministério da Saúde da orientação dada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pela comunidade científica de iniciar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos e cobrou que a vacina CoronaVac seja imediatamente incluída no programa.
“Além das doses da Pfizer, temos milhões de doses da CoronaVac disponíveis para aplicação imediata em todo o Brasil. O Instituto Butantan tem 15 milhões e doses prontas para entrega”, informou o secretário, em suas redes sociais.
Ele destacou que “a plataforma de vírus inativado, usadas nas vacinas da Sinopharm e da Sinovac, já está em uso na maioria dos países sul-americanos e na China, onde já foram aplicadas mais de 120 milhões de doses nas idades pediátricas”.
“A autorização da CoronaVac em idades pediátricas no Brasil é uma necessidade urgente pela disponibilidade imediata, pela facilidade logística, por ampliar o público para 3 anos e proteger com plena cobertura vacinal (2D) todas as crianças até o final de fevereiro/21”, argumentou Nésio Fernandes.
O vice-presidente do Conass afirmou que o país “vai precisar de outra opção de vacina para as crianças”. “A hesitação vacinal de uma parcela significativa da população já é um fenômeno objetivo. A campanha criminosa feita contra a Pfizer e as vacinas de mRNA não irá ser resolvida em curto espaço de tempo. Refutemos todas as mentiras e vacinemos as nossas crianças”, acrescentou.
Nésio Fernandes alertou que “a demora em autorizar o uso da CoronaVac no Brasil e todos os imbróglios com a normatização e aquisição do uso da Pfizer, nos trouxeram a situação de viver a chegada da Ômicron sem devida cobertura vacinal nas idades pediátricas”. “Vamos levar 3 meses para vacinar as crianças com o calendário de aquisição/distribuição da Pfizer. Podemos antecipar esse prazo se a CoronaVac for autorizada”, completou o secretário.
Na audiência pública realizada pelo governo como forma de protelar a vacinação infantil, e que acabou decidindo pela vacinação, Nésio Fernandes foi contundente ao combater o negacionismo oficial. “A variante Ômicron não veio de Deus, veio da desigualdade (…) tampouco a variante Gama, mas do desastre da adoção da estratégia da imunidade de rebanho pelo comando central do Brasil”, afirmou.