Vida real não bate com dados do governo

Secretário de Desenvolvimento do Governo de Pernambuco, Bruno Schwambach (centro), em entrevista na TVJC. Reprodução Youtube

“Em Pernambuco, teve 16% de inflação na cesta básica e o gás aumentou 10%”, diz Bruno Schwambach

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach, afirmou que a política de aumento do salário mínimo do governo Bolsonaro não condiz com a realidade das pessoas.

“A inflação real das pessoas mais pobres é outra. Em Pernambuco, por exemplo, teve 16% de inflação na cesta básica, o gás aumentou 10%. A vida real de quem mais precisa é diferente da estatística do governo”, afrmou Bruno Schwambach em entrevista a TVJC, no dia 17 de janeiro.

Após pressão, Bolsonaro acrescentou mais R$ 6 ao valor de R$ 1.039 estabelecido pelo governo para o salário mínimo de 2020. O mínimo anunciado anteriormente não repunha nem a inflação do ano, que disparou com os preços dos alimentos, particularmente da carne, dos combustíveis, dos transportes, entre outros itens.

O secretário de Desenvolvimento do governador Paulo Câmara (PSB) também criticou a atuação do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Para Schwambach, “a política de Paulo Guedes é contracionista, de contingenciar, de enxugar recursos, e o país não vai para frente”.

“Estamos com o pior nível de recuperação de todas as crises que nós já tivemos. As ações que o governo tem tomado não tem conseguido fazer com que o Brasil cresça. Num momento em que o país passa por uma crise desta, em qualquer país do mundo o governo entra para fazer políticas anticíclicas, com o objetivo de fazer a roda da economia girar”, ressaltou Bruno Schwambach.

Para o secretário de governo, “o ministério da Economia ficou muito grande”. “O financista Guedes centralizou tudo para cuidar das contas do governo e deixou de lado a atividade econômica”.

Schwambach defendeu que é preciso implementar políticas públicas voltadas para o mercado interno, com investimentos públicos. “Nós precisamos aumentar o mercado interno – e para crescer o mercado interno é preciso crescer o emprego e a renda”, declarou. “Precisamos olhar o mercado interno, as famílias estão muito endividadas”.

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