Vídeo mostra israelenses assassinando palestinos caminhando desarmados em Gaza

Jovens palestinos caminhando em Khan Yunis, Gaza ao lado da imagem do míssil que os mata (Video)

“Não há como eles terem sido considerados combatentes”, atestam analistas em entrevista ao portal Common Dreams

Em mais uma prova do genocídio que Israel vem perpetrando em Gaza, a Al Jazeera exibiu imagens do ataque de um drone israelense a quatro palestinos desarmados – possivelmente adolescentes ou jovens -, que caminham por uma estrada, são perseguidos, bombardeados e mortos.

A chacina ocorreu em Khan Younis, no mês passado, e a denúncia foi feita na quinta-feira passada. O portal de notícias considerou as imagens “gráficas demais” para serem incluídas em seu blog diário cobrindo a invasão de Gaza, mas rapidamente um trecho viralizou nas redes sociais.

https://twitter.com/i/status/1770895103785046489

De acordo com uma tradução da cobertura, eles não foram identificados na reportagem. O drone atinge primeiro e mata três, continua mirando e mais na frente mata o último.

“Ultrajante mesmo depois de meses de ultrajes”, declarou o analista político palestino-americano Yousef Munayyer ao portal Common Dreams. “Este vídeo mostra um drone militar israelense literalmente perseguindo quatro civis desarmados, que não representam qualquer ameaça, e eliminando-os um após o outro!!”

A matança também chocou o ex-agente da NSA, Edward Snowden, que está exilado na Rússia depois de denunciar a guerra cibernática dos EUA contra a humanidade. Ele assinalou que a filmagem “não permite espaço para ‘foi um erro’, mostrando ataques repetidos e especificamente direcionados contra os desarmados e até feridos.”

“O tipo de comportamento que a CIJ proíbe explicitamente na decisão de genocídio contra Israel”, ele acrescentou, referindo-se à ordem preliminar da Corte Internacional de Justiça em janeiro frente ao questionamento apresentado pela África do Sul.

“Todos no mundo precisam ver isso”, sublinhou Snowden.

“Esta é uma das piores filmagens que já vi. Esses meninos não apenas estavam claramente desarmados e não apresentavam nenhuma ameaça, mas também foram atingidos várias vezes, mesmo depois de tropeçar/rastejar. Não há como serem considerados combatentes. Isso é irreal”, disse Tariq Kenney-Shawa, dirigente da rede palestina norte-americana Al-Shabaka.

Para o escritor Assal Rad, “qualquer país que ainda forneça armas e ajuda a Israel é cúmplice desses crimes”, observação cuja carapuça se encaixa com perfeição na cabeça do presidente Biden, aliás, Genocide Joe, segundo os manifestantes que denunciam o genocídio e seus cúmplices.

Mais de 100 mil palestinos foram mortos ou feridos pelas tropas coloniais israelenses em Gaza, três quartos dos quais, mulheres e crianças; 2 milhões de palestinos foram forçados a deixarem seus lares, sob as bombas e tiros israelenses; os ataques israelenses causaram 23 milhões de toneladas métricas de escombros do que antes eram casas, escolas, centros de atendimento, padarias, mesquitas e infraestrutura civil. O bloqueio israelense, para negar comida, água, combustível, remédios e eletricidade à população, com a ajuda humanitária reduzida a uma fração, já leva, segundo a ONU, 1 em cada 2 habitantes à beira da fome.

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