
Na pesquisa de fevereiro de 2024, a visão positiva sobre os EUA chegava a 58%, enquanto a negativa estava em 24%. Agora, os EUA são vistos de forma positiva por 44% e negativa por 48%
A opinião dos brasileiros ficou mais desfavorável aos Estados Unidos e a Israel desde fevereiro de 2024, com cerca de 50% da população tendo uma percepção negativa dos países, segundo a pesquisa Genial/Quaest.
A percepção em relação aos EUA piorou desde a última pesquisa, feita em fevereiro de 2024. Desde então, o presidente Donald Trump aplicou sanções contra o Brasil em uma tentativa de interferir na política e no Judiciário brasileiros.
Na pesquisa de fevereiro de 2024, a visão positiva sobre os EUA chegava a 58% da população brasileira, enquanto a negativa estava em 24%, além de 18% que não responderam.
Agora, os Estados Unidos são vistos de forma positiva por 44% e negativa por 48%, tendo apenas 8% de indecisos.
Já a percepção dos brasileiros em relação a Israel tem piorado desde a pesquisa feita em outubro de 2023, primeira da série histórica e momento em que o país intensificou o genocídio de palestinos.
Em outubro de 2023, a avaliação dos brasileiros a respeito de Israel era 52% favorável e 27% negativa.
Quatro meses depois, em fevereiro de 2024, o cenário já havia se transformado radicalmente. A avaliação positiva despencou para 39%, enquanto a negativa subiu para 41%.
No levantamento divulgado nesta terça (26), a avaliação positiva seguiu caindo, chegando a 35%, e a negativa subiu para 50%.
O movimento contrário ocorreu em relação à China, país que se tornou um importante parceiro comercial do Brasil e que também integra o BRICS. A percepção, que era mais negativa do que positiva até fevereiro de 2024, passou a ser mais favorável na última pesquisa.
Em fevereiro de 2024, a China era vista de forma negativa por 41% dos brasileiros e positiva por 38%. A percepção passou a ser 37% negativa e 49% positiva.
O levantamento também mostra que a percepção dos brasileiros a respeito da Rússia continua desfavorável, mas com um crescimento da opinião positiva de 16% para 25%, com a negativa se mantendo no patamar de 59%.
No caso da Argentina, as opiniões positivas e negativas continuam próximas, sendo de 42% e 40%, respectivamente.
O levantamento ouviu 12.150 pessoas, entre os dias 13 e 17 de agosto, com 16 anos ou mais, em oito estado do país, que compõem 66% do eleitorado nacional. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.