Em pronunciamento na Câmara dos Deputados, na terça-feira (6), o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) advertiu que os parlamentares que votarem na “reforma” da Previdência de Temer não serão reeleitos.
“E é bom todos eles saberem que aqueles que aqui votarem estarão definitivamente expurgados desta Casa”, disse o deputado.
“Voltamos do recesso e aqui está a mesma ladainha: Tem que aprovar a reforma da Previdência, senão o país quebra. O país já está quebrado há muito tempo, já meteram a mão demais, corrupção para cá e para lá. Essa é a grande verdade que querem esconder, tapando o sol com a peneira”.
“O que nós temos que fazer é uma reforma política para poder melhorar este país, sem querer colocar a culpa em aposentados e pensionistas, nos trabalhadores e nos servidores”.
O parlamentar alertou que não vai aceitar que se acabe com a Previdência. “Nós estaremos aqui para impedir a votação dessa reforma que quer acabar com o benefício rural, que quer acabar com o benefício assistencial, que quer acabar com o direito da aposentadoria de risco, insalubridade, penosidade e periculosidade, que quer acabar com a aposentadoria dos professores”. “Nós não vamos deixar isso acontecer de jeito nenhum”, concluiu e repetiu: “Praga de aposentado pega! Praga neles!”.
Realmente estamos vivendo tempos sem propostas, sem perspectivas e fortalecendo somente a exploração do capital sobre o trabalho. Mantendo um setor produtivo sem nenhuma responsabilidade social a não ser sua própria barriga. Quero ver quando não podermos mais andar nas ruas, quando nos transformarmos em prisioneiros dentro de nossas casas.
Existe, leitor, se você nos permite a observação, um problema até maior do que “manter um setor produtivo sem nenhuma responsabilidade social a não ser sua própria barriga”. É manter um setor financeiro totalmente antissocial, formado por bancos, fundos estrangeiros, e, internamente, 60 mil famílias (das 64 milhões e 358 mil que, segundo o IBGE, existem no Brasil) que se locupletam na especulação, com juros, sem produzir absolutamente nada.