O tradicional jornal norte-americano The Washington Post publicou, na terça-feira (14), um editorial apontando Bolsonaro (sem partido) como o pior líder do mundo que minimiza o coronavírus.
O editorial relembrou o episódio em que Bolsonaro se referiu ao coronavírus como “gripezinha”.
“O novo coronavírus, que já infectou pelo menos 1,8 milhão de pessoas em 185 países, tornou-se um teste global da qualidade da governança. A gravidade do surto em muitas nações têm dependido do quão bem – ou mal – os governantes responderam a ele”, inicia o texto que retrata Bolsonaro como o principal representante dos governantes que desprezam a gravidade da crise.
“De longe, o caso mais grave de má conduta é o do presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Quando as infecções começaram a se espalhar em um país de mais de 200 milhões de pessoas, o populista de direita reduziu o coronavírus a ‘uma gripezinha’ e instou brasileiros a enfrentar o vírus ‘como um homem, pô, não como um moleque’. Pior, o presidente tentou repetidamente minar as medidas tomadas pelos 27 governadores estaduais do país para conter o surto”, diz a publicação.
O conselho editorial do jornal termina fazendo um apelo. O texto afirma que Donald Trump faria um grande favor se telefonasse a Bolsonaro e o pedisse para seguir os seus passos depois que o norte-americano recuou, em parte, de minimizar a pandemia e começou a apoiar os esforços de contenção da doença, momento a partir do qual os Estados Unidos começaram a ter um desempenho um pouco melhor no combate à pandemia, segundo o jornal.
“Ele (Trump) poderia fazer um grande favor ao telefonar para o Sr. Bolsonaro, que tem sido um aliado político, e pedir que ele faça o mesmo”, conclui o editorial.