O tenente brigadeiro Ricardo Machado Vieira foi exonerado da secretaria executiva do Ministério da Educação (MEC) nesta quinta-feira (18). Machado Vieira foi nomeado ao cargo, tido como número 2 do ministério, em 29 de março, para organizar a pasta em meio à crise na gestão de Ricardo Vélez Rodríguez.
No dia 29, ele deixou o posto de assessor especial da presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para assumir a Secretaria Executiva do MEC. Dez dias depois, em 8 de abril, o ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez foi demitido por Bolsonaro, dando lugar a Abraham Weintraub.
Com a substituição de Vélez por Abraham Weintraub, foi dito ao militar que ele ficaria como assessor especial.
Enquanto ainda era secretário executivo, o brigadeiro tentou mudar o decreto sobre alfabetização elaborado no MEC. Ele ouviu sugestões de especialistas de entidades como o Conselho Nacional de Educação (CNE) e tirou do documento a preferência por um método de ensinar a ler e escrever, o fônico. Educadores haviam criticado o foco em uma modalidade.
A exoneração de Machado Vieira abre ainda mais espaço para os discípulos do guru do bolsonarismo, o astrólogo Olavo de Carvalho, no MEC.
Após assumir o ministério, Weintraub iniciou o processo de reconduzir o grupo para cargos importantes da pasta. O novo ministro, um entusiasta do “olavismo”, considera fundamental a luta contra o “comunismo” e o “marxismo cultural” nas universidades e escolas brasileiras.
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