Weintraub expõe racismo e quer controlar “fronteiras” para combater “favelização” em São Paulo

Abraham Weintraub enquanto ministro da Educação de Bolsonaro - Foto: Reprodução

“O objetivo é transformar São Paulo numa espécie de Texas”, disse o bolsonarista em referência ao estado dos EUA conhecido pela caça xenófoba a imigrantes

O ex-ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro e pré-candidato ao governo de São Paulo, Abraham Weintraub, propôs pensar num sistema de controle de fronteiras no Estado, para combater o que chamou de “favelização”.

As declarações de Weintraub não pararam por aí. Na contra mão do combate à desigualdade em comunidades periféricas, o bolsonarista ainda afirmou que não dá para mudar a realidade de uma favela.

“É um ambiente que precisa acabar. Não dá pra ter favela. Não dá pra mudar uma favela. A essência da favela permite o surgimento de muita coisa errada”, afirmou.

“O objetivo é transformar São Paulo numa espécie de Texas. Se o País for numa direção errada, tem um porto seguro. Tem que ter alguma forma de controle. ‘Vai chegar? O que vai fazer? Vai ficar?’. Ao mesmo tempo, uma política habitacional. Não tem que tentar aliviar na favela”, disse o ex-ministro em conversa com apoiadores, de acordo com o jornal ‘Estado de S. Paulo’.

A medida proposta por Weintraub para cercear o direito do povo, dos pobres de circularem livremente, é inconstitucional.

A sugestão de Weintraub fere o artigo 5.º da Constituição. “Nenhum Estado pode estabelecer restrições à circulação de pessoas no território nacional”.

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