YouTube remove 12 vídeos de Bolsonaro por defesa da cloroquina

Um das lives de Bolsonaro em que ele faz propaganda da cloroquina. Foto: Reprodução

O YouTube removeu mais 12 vídeos do canal de Jair Bolsonaro. A medida foi adotada pela plataforma na última quarta-feira (26) devido à violação da regra que proíbe a recomendação de cloroquina e ivermectina no tratamento contra a Covid-19.

Atualização da política da plataforma feita em abril prevê exclusão de peças que recomendem medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou uma diretriz na qual pede fortemente que a hidroxicloroquina não seja usada como tratamento preventivo da Covid. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o fabricante da ivermectina também já alertaram que o medicamento não é eficaz contra o coronavírus.

Segundo levantamento da empresa de análise de dados Novelo Data, que foi divulgado pelo portal G1, pelo menos dez das peças removidas continham menções à cloroquina.

Entre os vídeos de Bolsonaro tirados do ar estão duas lives feitas em março e abril do ano passado.

De acordo com a reportagem não há menção sobre a cloroquina nos títulos dessas publicações, mas o medicamento aparece na descrição do conteúdo.

Outras têm títulos como “A Hidroxicloroquina cada vez mais demonstra sua eficácia em portadores do COVID-19” e “Fox News mostra estudos sobre a eficácia da Hidroxicloroquina no combate ao Coronavírus”.

O presidente Jair Bolsonaro costuma defender o uso da hidroxicloroquina no “tratamento precoce” da doença, mesmo comprovadamente sem eficácia do medicamento. Em janeiro, o Ministério da Saúde lançou um aplicativo que recomendava o uso do medicamento.

O governo federal também adquiriu e distribuiu a medicação a estados e municípios.

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