O “democrata” presidente ucraniano, Zelensky, anunciou, no domingo (20), o banimento de 11 partidos de oposição.
A medida autoritária atinge inclusive o principal partido de oposição, o denominado Plataforma de Oposição Pela Vida, com uma bancada de 39 deputados dos 450 que compõem o parlamento.
Para justificar a arbitrariedade, Zelensky disse que haveria “ligações de algumas estruturas políticas” com a Rússia e que qualquer atividade destes partidos está suspensa.
Vale ressaltar que o Partido Comunista da Ucrânia já foi colocado antes na ilegalidade.
A medida mantém intocáveis os partidos de oritentação nazista, Svoboda e Setor Direita. Além da medida de cunho fascista, Zelensky disse ainda que a medida se daria em paralelo com a Lei Marcial (sob a qual já havia colocado o país) e até a vigência desta suspensão de direitos constitucionais.
Zelensky acrescentou que o Ministério da Justiça foi “instruído a tomar imediatamente medidas abrangentes para proibir as atividades desses partidos políticos
“Qualquer atividade de politicos” [que não se submeta à orientação pró-Otan do governo] “não terá sucesso mas, ao contrário, será enfrentada com dura resposta”, ameaçou, usando como pretexto de que todo opositor a seu desastroso governo seria pró-Rússia.
Além do partido Plataforma pela Vida, os demais 10 são: Partido da Sharia; Nosso; Oposição de Esquerda; União das Forças de Esquerda; Partido do Estado; Partido Socialista-Progressista Ucraniano; Partido Socialista da Ucrânia; Socialistas e Bloco Vladimir Saldo.
O Plataforma, principal partido opositor, declarou a medida ilegal e prometeu desafiá-la.
“Ao invés do diálogo político e de tentativas de buscar compromissos e caminhos para unir o país, as autoridades se baseiam em razias, intimidação, repressão e retaliações contra seus oponentes”, declarou o comunicado do segundo maior partido ucraniano que instou seus ativistas e parlamentares a se manterem em atuação.
Além desta medida e da Lei Marcial, Zelensky suspendeu três redes de televisão que, segundo ele, espalhavam “propaganda” financiada pelo Kremlin e unificou todas as demais em uma única plataforma de transmissão sob comando de seu governo.
Outra determinação divulgada neste domingo pelo presidente ucraniano é a unificação de todos os canais de televisão em uma única “plataforma de comunicação estratégica” para fazer com que as emissoras fiquem ativas 24 horas por dia.