
A demagogia bolsonarista foi desmascarada. Arrocho sobre os servidores públicos e orgia descarada com seu próprio salário. Governador de Minas recebe hoje o segundo maior salário do país
O governador de Minas Gerais, o bolsonarista Romeu Zema, publicou neste sábado (19) um decreto impondo um corte nas despesas do Executivo.
Ele informou que não haverá reajuste de salário dos servidores em 2025. Em audiência pública na Assembleia Legislativa, no início da semana, o secretário de Fazenda, Luiz Claudio Gomes, disse que o governo não tem condições orçamentárias e financeiras para repor as perdas inflacionárias do último ano.
A decisão mostra bem como funciona a demagogia fiscalista do governador Romeu Zema. Ele aplicou no ano de 2024 um aumento de seu próprio salário triplicando o valor e passando de R$ 10 mil para R$ 30 mil. Naquele ano os servidores públicos tiveram reajustes abaixo de 5%. Neste ano de 2025, o salário do governador chega a R$ 41 mil e é o segundo maior do Brasil entre os governadores.
E para os servidores ele impõe um congelamento salarial. Apenas os professores, que reivindicam 6,27% de reposição para todas as oito carreiras da educação básica, terão uma reposição de 5,27%. Mais uma vez fica a pergunta. Por que o governador teve um aumento de R$ 30 mil para R$ 41 mil, ou seja, uma elevação de mais de 30% em seu salário e quer impor um congelamento salarial para os servidores públicos?
O governador mineiro anunciou o decreto de arrocho sobre servidores após já ter feito um corte nos recursos da Polícia Militar (PMMG). Na quinta-feira (17), um comunicado interno enviado ao comando da PM pelo chefe do estado maior, coronel José Maurício Oliveira, determinou a suspensão de todas as diligências e a devolução para os cofres públicos dos créditos orçamentários liberados, empenhados ou já pagos.
O resultado dessa política demagógica do governador é que a segurança da população vai ser prejudicada enquanto ele próprio e seus asseclas se refastelam com o dinheiro público. Essa é a política bolsonarista. Arrocho sobre o povo e vida nababesca para as elites.