Deputada estadual iniciou campanha contra senador Major Olimpio
Em reunião na noite desta terça-feira (22), a executiva de São Paulo do Partido Social Liberal (PSL) tomou a decisão de expulsar a deputada estadual Valéria Bolsonaro, após acolhimento de uma representação do senador Major Olimpio.
Valéria é parente distante do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Eles têm o mesmo sobrenome porque o avô de seu marido era irmão do avô do presidente. Ela se elegeu deputada estadual na onda bolsonarista de 2018, com 54.519 votos.
Major Olimpio apresentou a queixa contra Valéria por causa de um áudio vazado em que a deputada estadual pedia que fosse feita uma campanha contra o senador em grupos de Whatsapp da cidade de Americana, no interior do estado. A campanha teria a autoria camuflada e seria uma retaliação ao fato de Olimpio ter, quando presidia o diretório estadual, nomeado dirigentes do PSL na cidade, que faz parte da base eleitoral da deputada.
No processo interno, a defesa de Valéria admitiu a autenticidade do áudio, mas alegou que a mensagem foi obtida de forma ilegal. A representação acabou aprovada por unanimidade pelo Conselho de Ética do partido. A executiva estadual ratificou a decisão.
Em postagem no Twitter, Valéria atribuiu a sua expulsão ao apoio a Bolsonaro, que saiu do PSL. “Acabo de saber que fui expulsa do PSL, me acusaram de infidelidade partidária por apoiar nosso presidente. Sou mulher, apoio o presidente e nunca tive medo de enfrentar absolutamente nada. Saio honrada e de cabeça erguida. Tenho força, caráter e jamais trairia quem eu acredito”, escreveu.
O presidente estadual do PSL, Junior Bozzella, rebateu Valéria.
“Se fosse por apoio ao presidente, teria que expulsar 50% da bancada do PSL em São Paulo. Ela foi expulsa por infidelidade partidária. Gerou inconveniente por agressões ao senador Major Olímpio e apoio a candidatos adversários do PSL. Aos poucos, vamos fazendo a faxina necessária e separando o joio do trigo”, sustentou.