
“É perceptível que o governo encabeçado por Jair Bolsonaro tem fortes inclinações nazistas e fascistas”, afirma a carta que já conta com mais de 400 assinaturas de destacados integrantes da comunidade judaica brasileira.
Em um alerta a toda a comunidade judaica, em especial a seus líderes e personalidades destacadas a carta salienta que “é chegada a hora de nós, intelectuais, livres-pensadores, judeus e judias progressistas, descendentes das maiores vítimas do regime nazista, nos posicionarmos, como atores sociais diante do debate público, sobre o atual momento nacional”.
A Carta, cuja coleta de assinaturas teve início na última semana de maio, tem entre os que firmam o documento, a cientista Natália Pasternak, os historiadores Lilia Schwarcz e Michel Gherman, o advogado Pedro Abramovay, o maestro Jean Goldenbaum, o chargista Ivo Minkovicius, o diretor de fotografia Pedro Farkas.
O documento fundamenta suas afirmações acerca das inclinações nazistas e fascistas presentes em Bolsonaro e seu governo destacando “as reiteradas reportações racistas e nazistas do governo Bolsonaro, o uso de símbolos fascistas e referência à extrema-direita não podem deixar dúvidas”.
Em uma referência aos mais de 465 mil mortos por Covid no Brasil, os que assinam, o que há é um projeto inaceitável e “escancarado projeto de poder” com base no “genocídio e práticas eugênicas”, além dos ataques que visam a “destruição das estruturas democráticas do Estado”.
Segue a íntegra da Carta:
É preciso chamar as coisas pelo nome. É chegada a hora de nós, intelectuais, livres-pensadores, judeus e judias progressistas, descendentes das maiores vítimas do regime nazista, posicionarmos, como atores sociais diante do debate público sobre o atual momento nacional. É perceptível que o governo encabeçado por Jair Bolsonaro tem fortes inclinações nazistas e fascistas.
É preciso chamar as coisas pelo nome.
Perspectivas conspiratórias e antidemocráticas produzem, tal qual o fascismo e o nazismo, inimigos e aliados imaginários.
Se não judeus, como o caso do Terceiro Reich, esquerdistas; se não ciganos, cientistas; se não comunistas, como na Itália fascista, feministas. A ideia de uma luta constante contra ameaças fantasmagóricas continua.
Porém há mais. As reiteradas reportações racistas e nazistas do governo Bolsonaro, o uso de símbolos fascistas e referência à extrema-direita não podem deixar dúvidas.
O projeto de poder avança. Genocídio, destruição das estruturas democráticas do Estado e práticas eugênicas estão escancaradas. Cabe a nós brasileiros e brasileiras impedir que cheguemos a uma tragédia maior.
O Fora Bolsonaro deve ser o chamado uníssono da hora. É o chamado contra o genocídio.
Os organizadores da iniciativa divulgaram um link para quem estiver de acordo e quiser assinar a carta:
https://forms.gle/GBHywCg2MAMQXMFJ9
Esta carta é simplesmente maravilhosa é prego batido e ponta virada portanto, as autoridades de todas as instituições de estado como por exemplo: Ministério Público, Receita Federal, Polícias Federais, Forças Armadas e outras juntamente com todos democratas da nação brasileira precisão serem bem claros com esse desgoverno nazifascista; que não sejamos covardes. É preciso chamar as coisas pelo nome. Acorda Brasil não deveremos viver nas trevas. A Constituição acima de todos.