General Paulo Chagas não poupou o estranho segredo imposto aos movimentos de Carlos e Eduardo Bolsonaro na sede do governo
A decisão da Secretaria-Geral da Presidência de impor sigilo de 100 anos no acesso às informações de visitas de Carlos Bolsonaro e de Eduardo Bolsonaro ao Palácio do Planalto leva a dois raciocínios. O primeiro, de que eles não estão fazendo coisa que preste, o que seria natural por suas biografias. Ou é uma canalhice como classificou o general Paulo Chagas.
O militar escreveu em sua conta do Twitter, no sábado (31): “Os 100 anos de sigilo colocados sobre o porquê do ‘crachá’ de Carlos Bolsonaro no Palácio do Planalto nos revela que a canalhice está distribuída de forma equitativa por todos os ‘Poderes’ da pobre podre República de Pindorama! Muito triste… É hora de mudar para algo melhor”.
Os dois, conhecidos pelo codinome de “02” e “03”, e por serem auxiliares próximos de Bolsonaro nas conspirações contra a democracia, possuem cartões de acesso sigiloso ao Planalto. Em documentos públicos enviados à CPI da Covid no mês passado, a própria Presidência assumiu a existência dos cartões usados por Carlos e também por Eduardo Bolsonaro para acessar a sede do governo.
“As informações solicitadas dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem dos familiares do senhor Presidente da República, que são protegidas com restrição de acesso, nos termos do artigo 31 da Lei nº 12.527, de 2011”, diz a Secretaria-Geral da Presidência, em documento encaminhado a revista Crusoé por meio da Lei de Acesso à Informação.