Na compreensão de todos que participaram da reunião, Bolsonaro cometeu “crime de responsabilidade”, portanto passível de abertura, por parte do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de processo de impeachment
Os presidentes dos partidos de oposição ao presidente Jair Bolsonaro — PSB, PDT, PT, PSol, PCdoB e Rede —, os líderes destas legendas na Câmara dos Deputados e, ainda, os presidentes e líderes do Cidadania, Solidariedade e PV se reuniram, nesta quarta-feira (8), para debater iniciativas comuns diante da gravidade da situação política nacional.
Na reunião, os partidos e os respectivos líderes partidários debateram e definiram ações conjuntas e unitárias em relação às declarações do presidente da República, nos atos antidemocráticos, em Brasília e São Paulo.
Na compreensão de todos que participaram da reunião, Bolsonaro cometeu “crime de responsabilidade”, portanto passível de abertura, por parte do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de processo de impeachment.
Por unanimidade, resolveram que irão participar de todos os atos para fortalecer a luta pelo impedimento de Bolsonaro.
Na reunião, decidiram ainda, por unanimidade, participar do ato unitário no próximo domingo, em 12 de setembro, pelo afastamento de Bolsonaro. O ato político, inicialmente organizado pelo MBL (Movimento Brasil Livre), se ampliou e ganhou envergadura que fortalece a luta pelo impeachment do chefe do Poder Executivo.
NOVA REUNIÃO
Na próxima quarta-feira (15), os presidentes dos partidos e os respectivos líderes voltam a se reunir. Na pauta, a organização de nova manifestação na primeira quinzena de outubro e outra, provavelmente, no dia 15 de novembro, data da proclamação da República, todas pelo afastamento de Bolsonaro.
Na compreensão dos partidos, é preciso ampliar os movimentos, a fim de fortalecer a luta oposicionista contra Bolsonaro.
Essa primeira “reunião foi excelente”, pois “revelou forte unidade das legendas e o propósito de ampliar o leque de partidos e organizações sociais, com objetivo de aprovar o impeachment” do presidente da República, disse o líder do PCdoB na Câmara, Renildo Calheiros (PE).
“Ficou evidente também”, por parte dos partidos, o interesse em “derrotar essa política insana de Bolsonaro contra a democracia e a trágica gestão do presidente na pandemia e na economia”, acrescentou Renildo.