Um grupo de mais de 3 mil empresários, tanto industriais quanto do setor financeiro, e intelectuais produziu um manifesto a favor da candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência da República.
Segundo o Estadão, entre os signatários aparecem Candido Bracher, ex-presidente do Itaú Unibanco, Pedro Wongtschowski, do Grupo Ultra, Wolff Klabin, presidente do conselho da Klabin, e economistas como Armínio Fraga, Eliana Cardoso e Elena Landau, que é quem lidera o plano econômico de Tebet.
No manifesto, denominado “A maioria silenciosa”, os empresários dizem não querer “escolher entre Bolsonaro e Lula” e que apoiam Tebet por que “seu governo conseguirá atrair os melhores nomes do país para traçar políticas na educação, na saúde e na segurança pública”.
Dizem ainda que Simone Tebet conseguirá “derrubar os juros e retomar a geração de empregos”.
Os signatários do manifesto reclamam “desse ‘nós contra eles’ em que, se você não está com um, você ‘só pode’ estar com o outro… Em que você é pichado de ‘comunista’ ou acusado de ‘fascista’” e dizem ter “horror a gritaria, a briga, a divisão”.
Simone Tebet poderá ser a candidata da união entre MDB, PSDB e Cidadania. Na segunda-feira (23), o ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que não iria disputar as eleições, facilitando a negociação entre PSDB e os demais partidos.
O gesto de Doria foi bem recebido entre os dirigentes dos três partidos e outras lideranças.
Simone Tebet falou que “Doria sempre foi aliado. Vamos conversar e receber suas sugestões para nosso programa de governo”.
PRÉ-CAMPANHA EM SP E MG
Com a confirmação de seu nome, Simone Tebet passará a ser pressionada a subir nas pesquisas de intenção de voto. A senadora está com 2% das intenções, segundo a pesquisa Ipespe, divulgada no dia 20.
Os articuladores da pré-campanha de Simone Tebet pretendem intensificar as viagens para São Paulo e Minas Gerais, que são os maiores colégios eleitorais do país. A candidatura deverá ser oficializada em junho, em um evento em São Paulo.
João Doria tinha 4% das intenções, mas deverá apoiar Tebet caso essa seja a decisão do PSDB.
A senadora disse que está “extremamente confiante” de que receberá os votos dos apoiadores de Doria e que o ex-governador “vai ser imprescindível” nesse processo.