Motoristas e entregadores de aplicativo fazem uma paralisação nacional de 24 horas desde as 4h desta segunda-feira (15).
Motoristas da Uber e 99 e entregadores do Ifood reivindicam reajuste nos repasses feitos pelas empresas aos trabalhadores, disponibilização do seguro de vida e saúde e a melhoria da proteção contra assaltos e violência nas áreas urbanas. Esses trabalhadores também pedem cobrança de valor adicional para cada parada solicitada pelo passageiro durante uma corrida.
A paralisação foi convocada pelas redes sociais de influenciadores digitais e teve adesão da Federação dos Motoristas por Aplicativo do Brasil (Fembrapp) e, em Pernambuco, da Associação dos Motoristas e Motofretistas por Aplicativos de Pernambuco (Amape)
“É inaceitável que os motoristas continuem a trabalhar recebendo valores tão baixos como os ofertados atualmente. Por isso, a Fembrapp convoca a todos a se juntarem à causa e desligarem os aplicativos no dia da paralisação”, afirma a organização em nota de convocação.
Segundo as entidades, a Uber está criando mecanismos que permitem que ela fique com mais de 50% dos valores das corridas, além de precarização cada vez maior do trabalho.
“Queremos o reajuste de tarifas, com a tarifa mínima de R$ 10, segurança para trabalhar e o fim de banimentos sem justificativa. Além dessas reivindicações, vamos demonstrar nossa insatisfação pelo fato de não termos motoristas e associações no grupo de trabalho criado pelo governo federal para discutir a regulamentação trabalhista da categoria”, afirma o presidente da Amape, Thiago Silva, conhecido como professor Thiago.
A recomendação dos organizadores aos entregadores e motoristas é de ficar em casa e desligar os aplicativos.
A regulamentação dos trabalhadores de aplicativos tem sido discutida no âmbito do governo, inclusive pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho.