O Supremo Tribunal Federal (STF) vai começar, na segunda-feira (26), a ouvir as testemunhas da tentativa de golpe do dia 8 de janeiro, em primeiro passo dos processos abertos contra os incitadores e executores, agora na condição de réus.
A Corte dará inicio à instrução do processo, quando há uma nova coleta de provas e são ouvidas as testemunhas e os réus.
Os primeiros ouvidos serão as testemunhas da invasão, como os policiais que atuavam na segurança do Palácio do Planalto, do STF e do Congresso Nacional e prenderam os terroristas.
As oitivas serão conduzidas pelo gabinete do relator dos processos, o ministro Alexandre de Moraes, e realizadas por videoconferência.
O STF já aceitou as denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 1.245 pessoas que participaram do ataque do dia 8 de janeiro. Ainda faltam 145 denúncias para serem avaliadas.
Os dois ministros indicados por Jair Bolsonaro, Kassio Nunes e André Mendonça, foram os únicos que votaram para rejeitar as denúncias.
Os réus são divididos entre incitadores e executores da tentativa de golpe.
O primeiro grupo responde por incitação ao crime e associação criminosa. O segundo está sendo processado por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado.
Segundo Alexandre de Moraes, o STF deverá concluir, em até seis meses, o julgamento de 250 réus que participaram do ataque golpista. Os julgamentos deverão acontecer em blocos de 30 pessoas.
253 presos em flagrante nos dias 8 e 9 de janeiro continuam presos, enquanto o restante está respondendo em liberdade.