“A Petrobrás vai manter e vai intensificar [os estudos] porque, ali, acena-se com a possibilidade de ser um novo grande reservatório e gás e óleo para o Brasil”, disse o ministro Rui Costa
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quarta-feira (26) que a Petrobrás vai intensificar estudos e investimentos na Margem Equatorial. A região é considerada a nova fronteira petrolífera no Brasil e foi eleita pela Petrobrás como uma de suas prioridades.
“Temos outros desafios com a chamada margem equatorial, que pega desde o norte do Amapá até a bacia do Rio Grande do Norte, com investimentos, pesquisas que a Petrobrás vai manter e vai intensificar porque ali, acena-se com a possibilidade de ser um novo grande reservatório e gás e óleo para o Brasil”, disse Costa.
A defesa da exploração da margem equatorial pelo chefe da Casa Civil ocorreu no Palácio do Planalto, durante a abertura do evento ‘Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste’, com as presenças do com as presenças dos governadores de Pernambuco, Ceará, Maranhão e do vice-governador da Bahia.
O Ibama negou licença ambiental para a Petrobrás perfurar um poço na região, o que abriu uma discussão dentro do governo. De um lado, ficou o Ibama e Ministério de Ambiente, e, de outro, a Petrobrás e o Ministério de Minas e Energia.
Na época do embate, em maio deste ano, Rui Costa foi designado para mediar o conflito entre as áreas ambiental e de energia do governo. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal deu ganho de causa à Petrobrás que questionou as exigências do órgão para a atual fase de pesquisa a estatal.
O investimento é defendido por lideranças da região. O Ministério de Minas e Energia calcula a exploração de petróleo na região área pode gerar US$ 56 bilhões em investimentos, além de uma arrecadação da ordem de US$ 200 bilhões.
Para a pasta, é necessário avançar nesses investimentos porque, no atual cenário, o Brasil atingirá o seu pico de produção de petróleo em seis anos.
Estimativas da pasta apontam que há cerca de 10 bilhões em barris de petróleo recuperáveis na fronteira brasileira. Para se ter uma ideia do que isso significa, o Brasil tem hoje 14,856 bilhões de barris de petróleo de reservas provadas.