“Não é coincidência que o bombardeio israelense aconteceu no mesmo momento em que grupo terrorista alojado em Idleb lançou drones para atingir Alepo”, denuncia governo sírio
A Síria condenou a “agressão terrorista lançada pela entidade de ocupação israelense ao final desta sexta-feira”, conforme declaração do Ministério do Exterior.
Segundo a declaração, “vários pontos dos subúrbios de Alepo foram atacados causando mortes e ferindo civis e militares, além de causar dano material em propriedades públicas e privadas”.
O governo sírio acrescenta que “não é uma coincidência que a entidade racista israelense levou a cabo esta agressão ao mesmo tempo em que grupos terroristas que lhe são aliados lançaram ataques com drones desde Idleb na tentativa de atingir civis na cidade de Alepo e vizinhanças”.
A agressão israelense aconteceu poucas horas depois de outro ataque aéreo, desta vez contra a capital Damasco, danificando um edifício e ferindo dois civis.
Disse ainda o Ministério do Exterior que “a República árabe Síria sublinha que as violações israelenses do território sírio e suas repetidas agressões contra bairros residenciais comprovam a natureza agressiva e bárbara desta entidade”.
O governo sírio convocou todos os países do mundo a assumirem suas responsabilidades em face das sérias e repetidas violações israelenses dos princípios da lei humanitária e internacional e forçarem o país e seus apoiadores a pararem com seus ataques e crimes na Palestina, Líbano e Síria.
RÚSSIA CONDENA
A porta-voz do Ministério do Exterior da Rússia, Maria Zakharova, expressou a solidariedade de Moscou: “Mais uma vez, enfatizamos que estas ações agressivas se constituem em uma flagrante violação da soberania síria e das normas fundamentais da lei internacional e são categoricamente inaceitáveis”.
“Nós condenamos fortemente”, acrescentou Zakharova, “estas ações violentas e provocativas contra a Síria que são portadoras de consequências extremamente perigosas, além de uma dramática escalada na zona do conflito Israel-Palestina”.
Segundo a Reuters o número de mortos chegou a 38. Israel não fez qualquer comentário sobre o ataque.
