O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decretou uma nova prisão para o coronel Marcelo Casimiro, da Polícia Militar do Distrito Federal, por ter ajudado os golpistas no ataque do dia 8 de janeiro.
Ele foi preso no 10º Batalhão da Polícia Militar, em Ceilândia, nesta quarta-feira (3).
Marcelo Casimiro já tinha sido preso, em 2023, e solto no fim de março. Agora, voltou para a prisão por não ter sido transferido para a reserva da PMDF e ter continuado trabalhando normalmente.
Junto com os coronéis Fábio Augusto Vieira, Klepter Rosa e outros oficiais da PMDF, Marcelo foi alvo de operação da Polícia Federal e virou réu no Supremo.
Na denúncia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) demonstrou que existia uma rede que disseminava mentiras sobre as urnas eletrônicas dentro da Polícia Militar do Distrito Federal.
Em mensagens, Marcelo Casimiro enviou para seus colegas um quadro de “regular sucessão presidencial” que previa golpes de estado para manter Jair Bolsonaro no poder.
De acordo com a PGR, havia um “alinhamento ideológico e de propósitos entre os denunciados e aqueles que pediam a intervenção das Forças Armadas” e que atacaram Brasília em janeiro de 2023.
“A ‘falha’ operacional não decorreu de deficiências dos serviços de inteligência da PMDF. O que ocorreu, em verdade, foi omissão dolosa por parte dos denunciados que, com unidade de desígnios, aceitaram os resultados visados pela turba antidemocrática e aderiram ao intento criminoso dos insurgentes”, continuou a PGR.
Na quarta-feira (3), Moraes concedeu liberdade provisória a mais um coronel preso pelos atos de 8 de janeiro. Trata-se de Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, que era responsável pelo Departamento de Operações da PM no dia 8 de janeiro.
Segundo Moraes, como o militar foi transferido para reserva, não há mais risco para as investigações e nem para mobilização da tropa para novos atos antidemocráticos.