O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou o pedido de liberdade de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que tentou fraudar as eleições em favor de Bolsonaro, e deu 30 dias para que a Polícia Federal encerre o inquérito.
A decisão de Moraes, assinada no dia 3 de maio, seguiu a posição da Procuradoria-Geral da República (PGR), que foi contra soltar o ex-chefe da PRF.
Silvinei Vasques está preso desde agosto de 2023 por ter tentado interferir nas eleições usando blitze da Polícia Rodoviária Federal para impedir a chegada de eleitores de Lula aos seus locais de votação.
A ação criminosa foi realizada no dia do segundo turno das eleições de 2022 e teve como foco Estados do Nordeste, onde Lula obteve maior vantagem sobre Bolsonaro no primeiro turno.
Poucos dias antes do segundo turno, Silvinei Vasques reuniu dezenas agentes da PRF para organizar a ação que visava ajudar Jair Bolsonaro nas eleições. Um servidor da área de inteligência da PRF disse que Vasques falou na reunião sobre “policiamento direcionado”.
A ação contou com a participação direta do Ministério da Justiça, que era chefiado por Anderson Torres. A ex-secretária de Inteligência da pasta, Marília Alencar, chegou a mapear os locais onde houve a discrepância de votos em favor de Lula no primeiro turno.
A ação criminosa foi desbaratada pela rápida ação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que era liderado por Alexandre de Moraes.
No dia da votação, Vasques publicou em suas redes sociais uma mensagem apoiando o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro.