O Brasil estará bem representado nas finais da ginástica artística feminina nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Neste domingo, 28 de julho, foram realizadas as classificatórias da modalidade. As ginastas brasileiras se apresentaram nas últimas rotações do dia e levantaram o público na Bercy Arena, avançando para a final por equipes e garantindo três atletas em finais individuais.
Rebeca Andrade disputará quatro finais individuais – geral, salto, solo e trave – e conseguiu uma das três maiores notas em todas essas classificações. Flávia Saraiva e Júlia Soares também se classificaram, a primeira no individual geral e a segunda na trave. Jade Barbosa e Lorrane Oliveira não competirão em finais individuais, mas ajudarão o Brasil na decisão por equipes.
O Brasil está classificado para a final por equipes com a quarta melhor nota da qualificação, atrás de Estados Unidos, Itália e República Popular da China. No individual geral, Rebeca Andrade teve a segunda melhor nota e Flávia Saraiva ficou em 11º lugar. Nos aparelhos, Rebeca Andrade competirá nas finais do salto, solo e trave, nesta última acompanhada por Júlia Soares, estreante em Jogos Olímpicos.
As finais da ginástica artística começam no próximo dia 30 de julho, terça-feira, com a disputa feminina por equipes. O individual geral feminino está marcado para 1º de agosto, o salto em 3 de agosto, as barras assimétricas no dia seguinte e, por fim, as finais de solo e trave ocorrem em 5 de agosto.
ATUAÇÃO BRILHANTE
A equipe brasileira de ginástica artística conquistou uma vaga na final por equipes nos Jogos Olímpicos de Paris. O destaque foi Rebeca Andrade, que acumulou 57.700 pontos, ficando atrás apenas da americana Simone Biles, que somou 59.566 pontos. Rebeca brilhou especialmente no salto, com nota 14.900.
A equipe brasileira mostrou regularidade, apesar de algumas pequenas falhas. O time levantou o público especialmente no solo, onde Júlia Soares se apresentou ao som de Raça Negra e Rebeca ao som de “Movimento da Sanfoninha”, de Anitta. Na disputa por equipes, o Brasil terminou com a quarta maior pontuação. EUA, Itália e China ficaram à frente.
Flávia Saraiva se classificou para a final do individual geral na 11ª posição, com 54.199 pontos. Rebeca Andrade disputará ainda as finais de salto, trave e solo, enquanto Júlia Soares competirá na final da trave.
PREPARAÇÃO PARA AS FINAIS
O treinador da seleção brasileira, Chico Porath, destacou a importância da experiência das ginastas para minimizar falhas e obter um resultado consistente rumo à final por equipes. Porath ressaltou especialmente o desempenho de Rebeca Andrade, apesar de um erro nas barras assimétricas.
Júlia Soares teve um resultado acima das expectativas e sua técnica, Iryna Yashenko, não escondeu a felicidade pela classificação à final da trave. Flávia Saraiva, por sua vez, saiu abalada após não ter o seu melhor desempenho, mas contará com apoio para se recuperar para as finais.
Rebeca Andrade permanece com chances de mais cinco pódios em Paris 2024, competindo em quatro finais individuais e na final por equipes. Curiosamente, a única final que ela não disputará é nas barras assimétricas, seu aparelho favorito. Rebeca fez a segunda maior nota no solo, com 13.900, e a terceira maior na trave, com 14.500 pontos.
Júlia Soares também surpreendeu positivamente com sua classificação para a final da trave. Flávia Saraiva, apesar de não ter tido seu melhor desempenho, garantiu vaga no individual geral.
SONHO COM PÓDIO POR EQUIPES
O Brasil também tem esperanças de medalha por equipes, especialmente após a histórica prata no Campeonato Mundial 2023. A seleção brasileira teve a quarta maior nota da classificação em Paris 2024, com 166.499 pontos, ficando a menos de quatro décimos da segunda posição. Além do Brasil, também se classificaram para a final Japão, Canadá, Grã-Bretanha e Romênia.
Por aparelhos, o Brasil teve a segunda maior nota no salto e no solo, a terceira melhor na trave e a quarta nas barras assimétricas. Na classificação por equipes, são somados os três melhores resultados das ginastas por país e descartado o pior.
As expectativas são altas para as finais e o Brasil busca continuar brilhando na ginástica artística feminina em Paris 2024.
