A candidata da Rede à Presidência da República, a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva, declarou nesta segunda-feira (22) “voto crítico” no presidenciável do PT, Fernando Haddad no segundo turno das eleições. Logo após o primeiro turno, a Rede soltou nota recomendando o voto contra Bolsonaro, mas sem apoiar Haddad. Agora, com as ameaças feitas por Jair Bolsonaro em discurso feito no domingo para seus seguidores, Marina resolveu mudar para um apoio crítico ao candidato Fernando Haddad.
“Diante do pior risco iminente, de ações que, como diz Hannah Arendt, ‘destroem sempre que surgem’, ‘banalizando o mal’, propugnadas pela campanha do candidato Bolsonaro, darei um voto crítico e farei oposição democrática a uma pessoa que, ‘pelo menos’ e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas da proteção ambiental, que é o professor Fernando Haddad”, declarou Marina em nota oficial.
Na nota anterior já havia a percepção das ameaças mas, elas se agravaram na última semana. Vejam a nota que a Rede tinha divulgado.
“Frente às ameaças imediatas e urgentes à democracia, aos grupos vulneráveis, aos direitos humanos e ao meio ambiente, a Rede Sustentabilidade recomenda que seus filiados e simpatizantes não destinem nenhum voto ao candidato Jair Bolsonaro e, isso posto, escolham de acordo com sua consciência votar da forma que considerem melhor para o país”, disse a legenda no comunicado de 11 dias atrás.