
Estivadores do porto de Marselha-Fos anunciaram nesta quinta-feira (5) que estão bloqueando um contêiner com peças de metralhadoras que seriam embarcadas com destino ao porto de Haifa, em Israel. As peças foram fabricadas pela empresa francesa Euroli.
Os estivadores do porto Fos-au-Mer situado na cidade sulista da França, Marselha, se recusaram a embarcar peças para metralhadoras em navio com o porto de Haifa como destino previsto.
Os portuários declararam que não serão cúmplices do “genocídio em curso em Gaza”. A iniciativa aconteceu nesta quarta-feira (5) quando reportagens no portal irlandês Disclosure informaram que um navio da companhia israelense ZIM iria embarcar 14 toneladas de peças para metralhadoras secretamente no porto de Matrselha.

As peças estariam destinadas a uma subsidiária da Elbit (a maior fábrica de armamentos israelenses) situada na região do Neguev
A central francesa CGT lançou um manifesto apoiando a decisão dos portuários marselheses dizendo que “O porto de Fos-au-Mer, em Marselha, não deve ser usado para suprir o exército de Israel. Os estivadores e pessoal do porto não tomarão parte no genocídio que ocorre em Gaza. Nós nos erguemos em favor da paz entre os povos e nos opomos a toda agressão que traz morte, miséria e deslocamento forçado”.
A CGT denuncia que o morticínio de perto de 55 mil pessoas na Faixa de Gaza, inclui novo episódio de barbárie com o assassinato de dezenas de palestinos que buscavam alimentos depois de meses de cerco que negou alimentos, água, medicamentos e combustível ao povo em Gaza.
TRABALHADORES ITALIANOS SE UNEM AOS FRANCESES CONTRA A CARNIFICINA
A decisão dos trabalhadores franceses inspira os italianos a ações e manifestações de solidariedade aos palestinos, de forma que o Coletivo de Trabalhadores de Gênova (CALP) anuncia que vai promover uma mobilização para bloquear o embarque de armas no navio da ZIM prevista para pegar um embarque de armamentos previsto a aportar na cidade italiana.
Na declaração, a CALP acompanha a CGT afirmando: “Nós nos opomos às agressões e nos recusamos a ser cúmplices do genocídio em Gaza.