Bolsonaro apoia chefe da Secom investigado pela PF por corrupção e peculato

Bolsonaro e Fabio Wajngarten, chefe da Secom. Foto: Reprodução - Twitter

Jair Bolsonaro defendeu o chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Fabio Wajngarten, dizendo que ele “não é criminoso” e que “continua mais firme do que nunca”.

A fala de Bolsonaro acontece após a Polícia Federal abrir inquérito, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), para apurar os crimes de corrupção passiva, peculato (desvio de recursos públicos feito por funcionário público, para proveito pessoal ou alheio) e advocacia administrativa (patrocínio de interesses privados na administração pública, valendo-se da condição de servidor).

O chefe da Secom é dono da FW Comunicação, que presta serviços para emissoras de TV, entre elas a Record e Band, e agências contratadas pela Secom. Wajngarten é dono de 95% das cotas da FW Comunicação e sua mãe, Clara Wajngarten, outros 5%.

Em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, na quarta-feira (5), Bolsonaro disse que Wajngarten “não é criminoso, eu não vi nada que atente contra ele”.

“Wajngarten continua mais firme do que nunca”, continuou.

Bolsonaro disse também que a mídia deveria “mudar o disco” e parar de acusar seu secretário de estar agindo em causa própria. “Está aí um mês batendo nele. O Wajngarten continua mais firme do que nunca”, falou, expressando incômodo com as reportagens sobre o assunto.

Depois que Fabio Wajngarten assumiu a chefia da Secom, os contratos com a Globo, a líder de audiência, passaram a ser menores, enquanto as da Record, Band e de agências que contratam a FW Comunicação passaram a crescer.

No relatório que entregou para a Comissão de Ética Pública, Wajngarten escondeu que sua empresa mantinha contrato com redes que seriam contratadas pela Secom. O secretário de Bolsonaro também não mencionou o ramo de atuação de sua empresa e de familiares.

A Comissão se reunirá no dia 19 para analisar o caso.

O Tribunal de Contas da União (TCU) está apurando se nas mudanças dos contratos da Secom promovidas pelo novo secretário seguiram critérios técnicos, políticos ou privados.

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