Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo (bananinha) declararam apoio ao criminoso de guerra. Gleisi rebateu dizendo os “genocidas se entendem”
A advogada brasileira Maira Pinheiro, que ingressou com ação na Justiça brasileira contra um soldado israelense que cometeu crimes contra a Humanidade na agressão a Gaza e estava de férias na Bahia, sofreu ameças de morte. As mensagens ameaçavam de morte sua filha e ela própria. Ela também teve suas informações pessoais divulgadas.
CRIMES CONTRA A HUMANIDADE
A profissional foi contratada pela Fundação Hind Rajab, uma organização internacional de defesa dos direitos dos palestinos. A instituição atua internacionalmente denunciando crimes contra a humanidade, crimes de guerra e casos de violações de direitos humanos praticados na Palestina. “Tenho sido alvo de ameaças de morte e violência sexual. Minha filha de dez anos também tem sido ameaçada”, denunciou a advogada.
O criminoso Yuval Vagdani foi ajudado pela embaixada de seu país a deixar o Brasil após a Justiça Federal local pedir que a Polícia Federal o investigasse pelos crimes cometidos em Gaza. Ele participou de operações militares naquela região, incluindo a destruição de um quarteirão residencial. Apesar das ameaças, a advogada afirmou que irá continuar com o seu trabalho. A brasileira revelou que monitora também outros casos relacionados a crimes de guerra.
FEPAL REPUDIA AMEAÇAS
A Fepal (Federação Árabe Palestina do Brasil) condenou as ameaças à advogada. Em nota publicada em rede social, a Fepal destacou que Maira Pinheira deve ser protegida pelas autoridades brasileiras e pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). A Fundação Hind Rajab também repudiou os ataques e sublinhou a coragem da brasileira. Em nota, a entidade classificou os ataques a sua advogada como “vis e covardes”.
O ministro de Assuntos da Diáspora de Israel, Amichai Chikli (Likud), procurou a família bolsonaro para pedir apoio ao criminoso israelense. Jair Bolsonaro disse que, se fosse presidente, receberia o israelense com honras. Já Eduardo Bolsonaro demonstrou orgulho de ser contatado pelo ministro, afirmando que a carta vai decorar a parede do seu gabinete no Congresso ao lado de comunicações do serviço de inteligência estrangeira de Israel, o Mossad.
GLEISI: GENOCIDAS SE ENTENDEM
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a frase de Jair Bolsonaro (PL) e comentou a reação de Eduardo: “Os genocidas se entendem”, disse ela.
Em publicação nas redes sociais, Bolsonaro disse que, caso ainda fosse presidente, receberia com honras o soldado no Palácio do Planalto. “Jair Bolsonaro, que sempre defendeu a ditadura, a tortura e torturadores, agora se junta ao governo de Benjamin Netanyahu, que deu fuga a um soldado do exército de Israel investigado por seus crimes pela justiça brasileira”, denunciou.
A Embaixada de Israel no Brasil desrespeitou a soberania brasileira ao desempenhar papel crucial na fuga de Vagdani do território brasileiro para a Argentina. O ditador Benjamin Netanyahu afirmou que “após uma tentativa de elementos anti-israelenses de investigar um soldado dispensado que visitou o Brasil, o ministro das Relações Exteriores Gideon Saar ativou imediatamente o Ministério para garantir que o cidadão israelense não estava em perigo”.
CONFISSÃO DO CRIMINOSO
Em imagens e vídeos publicados em suas próprias redes sociais, Vagdani aparece no corredor Netzarim, faixa de terra usada por Israel para dividir as populações da Faixa de Gaza e como base de ações. Na legenda, Vagdani afirma: “Que possamos continuar destruindo e esmagando este lugar imundo, sem pausa, até os seus alicerces.”
A investigação do soldado foi solicitada à Justiça Federal por meio de uma notícia-crime apresentada pelos advogados Maira Machado Frota Pinheiro e Caio Patrício de Almeida. O documento alega que o soldado, identificado como “criminoso de guerra”, estava em território brasileiro, especificamente no balneário de Morro de São Paulo, na Bahia.
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Comendo pipoca esperando o Mossad dar o troco! Hamas e um exemplo!!!