
O bombardeio desencadeado pelo presidente Trump ao Irã não impediu que na madrugada de sábado para domingo o país persa executasse a 20ª onda da Operação Verdadeira Promessa 3, usando uma combinação de mísseis de longo alcance, movidos a combustível líquido e sólido, com poder de ogiva devastador e novas táticas para driblar a Peneira de Ferro de Israel.
Segundo o portal HispanTV, os principais alvos foram o Aeroporto Ben Gurion, o Centro de Pesquisa Biológica do regime de apartheid, bem como as bases logísticas e seus centros de comando e controle em todos os níveis.
Nesta rodada de ataques, as forças iranianas usaram mais de 30 mísseis, fazendo as sirenes soarem em Tel Aviv e Haifa em meio à devastação. O Irã teria usado os poderosos mísseis Kheibar pela primeira vez neste ataque. Destruição em massa relatada ainda em Nes Ziona, devido ao impacto de mísseis iranianos.
A Operação True Promise III é uma resposta à agressão israelense que começou em 13 de junho e incluiu o assassinato de muitos comandantes militares iranianos de alto escalão, cientistas nucleares e civis, bem como ataques a instalações nucleares e ao prédio da televisão estatal. No ataque de Trump com bombardeiros B2 e a megabomba de quase 14 toneladas, foram atingidas as instalações nucleares civis em Fordow, Natanz e Isfahan.
CHANCELER ARAQCHI
“O Irã reserva todas as opções sob a Carta da ONU para defender sua soberania, interesses e povo” diante dos ataques dos EUA, sublinhou o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, em postagem na rede social X, logo após os EUA atacarem as instalações nucleares do Irã.
Ele denunciou os bombardeios dos EUA, realizados por um membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), como “uma violação flagrante da Carta da ONU, do direito internacional e do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP)”.
O principal diplomata iraniano descreveu os ataques dos EUA às instalações nucleares pacíficas do Irã como “chocantes e vergonhosos” e afirmou que essas ações terão “consequências permanentes”. Ele afirmou que todos os membros das Nações Unidas deveriam se preocupar com esse comportamento “muito perigoso, ilegal e criminoso”.
Os bombardeios ocorrem após ataques sistemáticos realizados por Israel desde sexta-feira, 13 de junho, contra instalações nucleares iranianas, centros militares e muitas áreas residenciais em Teerã e outras cidades, que deixaram centenas de mortos, a maioria mulheres e crianças.