A General Motors de São José dos Campos anunciou a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) na fábrica, visando à demissão de 1.215 funcionários.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, o PDV foi acordado com os trabalhadores. A entidade afirma que “é contra qualquer fechamento de postos de trabalho, mas o PDV já era uma pauta nossa como alternativa às demissões arbitrárias que chegaram a ser feitas pela GM”.
“O PDV, entretanto, não coloca um ponto final na luta em defesa dos empregos. Estaremos atentos a qualquer movimentação da empresa no sentido de realizar novos cortes. Combatemos de forma permanente toda medida que seja prejudicial aos trabalhadores”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Renato Almeida.
Em outubro, a empresa demitiu 839 funcionários de São José dos Campos, 300 de São Caetano e 105 de Mogi das Cruzes, desrespeitando o acordo de suspensão de contratos, com pagamento de parte dos salários (layoff), que garantia estabilidade para todos na fábrica. Com as demissões, a categoria entrou em greve unificando trabalhadores das três fábricas, permanecendo paralisados por 17 dias. A greve garantiu o cancelamento das demissões, com pagamento dos dias parados.
Ainda de acordo com a entidade, para cada adesão de trabalhador que esteja ativo na fábrica haverá retorno de outro trabalhador que esteja em licença remunerada. E para quem não aderir, haverá estabilidade no emprego até 3 de maio de 2024. A fábrica de São José dos Campos tem cerca de 4 mil trabalhadores.