
A reforma da Previdência dos servidores públicos de São Paulo teve votação em segundo turno adiada na Assembleia Legislativa do estado (ALESP) para depois do carnaval. A votação iniciou
A sessão em que se discutia a matéria teve início na noite de quarta-feira, mas terminou em confusão após provocações do deputado Arthur do Val (Patriotas) dirigidas aos servidores que acompanhavam a votação das galerias do plenário.
A reforma, nos moldes da reforma da Previdência federal, que foi aprovada no Congresso, tira direitos e penaliza os servidores com o aumento da alíquota de contribuição de 11% para 14%, aumenta a idade mínima de 55 anos para 62 anos para as mulheres, e de 60 para 65 para os homens, além de aumento no tempo de contribuição.
O tumulto começou quando Arthur do Val, conhecido como “Mamãe Falei”, mais uma vez se dirigiu aos servidores os chamando-os de “vagabundo” com uma fala feita com o único objetivo criar um ambiente de tensão. Ainda chegou a dizer que tal ato é o exercício de sua “liberdade de expressão”.
Com tais declarações, o deputado Teonilio Barba (PT), que foi chamado de “bandido da lava-jato” por Arthur do Val, tentou acertar um soco no deputado, fazendo com que a sessão tivesse de ser suspensa.
Aproveitando o circo feito por seu colega, Frederico D’avilla (PSL) ficou fazendo gestos de “arminha” com as mãos em direção aos servidores que ocupavam as galerias, gerando ainda mais revolta entre a oposição e os servidores.
Por se tratar de uma mudança na Constituição Estadual, são necessárias duas votações para que o texto seja aprovado. O governo estadual conseguiu exatamente os 57 votos necessários para a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) avançar, mas ainda resta o segundo turno e nada parece estar definido.