Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou na quinta-feira (13) novas mudanças no seu ministério.
Osmar Terra deixará o Ministério da Cidadania e o general do Exército, Walter Souza Braga Netto, ocupará a Casa Civil.
Após longa e penosa fritura na Casa Civil, Onyx Lorenzoni foi jogado no Ministério da Cidadania, no lugar de Terra, como prêmio de consolação.
Braga Netto ocupava a chefia do Estado-maior do Exército e foi o responsável pela intervenção no Rio de Janeiro.
Onyx Lorenzoni tentou grudar como pôde no cargo, mas não conseguiu. Desde o ano passado vinha tendo suas funções esvaziadas por Bolsonaro. Encarregado inicialmente da articulação com o Congresso Nacional, teve essa tarefa tirada de suas mãos.
Mais tarde, viu o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) ser transferido para o Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes.
A situação se agravou após seu número 2 ser demitido sem que fosse consultado. E o pretexto para a demissão de Vicente Santini, ex-secretário executivo, foi ter usado um vôo da Força Aérea Brasileira (FAB) para sair de Davos (Suíça) e ir se juntar à comitiva de Bolsonaro na Índia. Com se outros membros do governo, próximos de Bolsonaro, não fizessem uso dos aviões da FAB.
Nas redes sociais, Bolsonaro anunciou as trocas de cadeiras. Agradeceu a Osmar Terra pelo suposto “trabalho e dedicação”. Mas para Onyx nem uma palavra de conforto ou suposto reconhecimento.
Também pelas redes sociais Onyx Lorenzoni, deputado federal, passou óleo de peroba na situação e na cara constrangida e disse que estará no time de Bolsonaro “não importa o número da camiseta”. Fala suspeita, pois se realmente não importasse, ele não tocaria no assunto. Mais suspeita ainda foi a parte em que ele destacou, sem que ninguém perguntasse, que “o time Bolsonaro é unido e é forte”.
“Uma nova missão”, escreveu no Twitter, tentando dar pompa e importância ao seu prêmio de consolo.
Outro que utilizou óleo de peroba, e muito, foi Osmar Terra, após a demissão do ministério, alvo de investigações por fraudes. “Sou deputado no sexto mandato, com muito orgulho”, disse, saindo pela tangente e dizendo que vai servir o governo de Bolsonaro “onde for mais importante”. Pelo visto, o lugar onde estava não era o mais importante.
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