O desempenho do Time Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 tem sido motivo de orgulho para o nosso país. Nesta primeira semana de competições, o país ocupa a terceira colocação, atrás apenas de China e Grã-Bretanha.
Na manhã deste domingo (01), o Brasil conquistou uma medalha inédita em sua história em Paralimpíadas, com Alexandre Galgani. Na disputa da carabina de ar deitado 10m SH2 misto, Alexandre garantiu a primeira medalha brasileira no tiro esportivo em Jogos Paralímpicos.
O paulista de 41 anos confirmou as expectativas após a excelente participação nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile, em 2023, quando ganhou duas medalhas: prata na categoria rifle 10m e ouro na carabina 50m, quando bateu o recorde Parapan-Americano na final e garantiu a vaga para Paris.
A melhor colocação do Brasil nas Paralimpíadas foi o sétimo lugar, posição alcançada em Londres 2012 e Tóquio 2020. A meta estabelecida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) é melhorar essa colocação, até mesmo saltando para o top 5 no quadro geral. A projeção da entidade é que o Brasil supere também os recordes de medalhas de ouro, que até Paris são de 72 pódios, sendo 22 ouros.
Na piscina, o dia começou com o brilho de Maria Carolina Santiago, que se igualou à velocista Ádria dos Santos como a maior medalhista de ouro brasileira em Paralimpíadas ao vencer os 100m costas da classe S12, para pessoas com deficiência visual. Foi a quarta medalha dourada nos Jogos da carreira nadadora, que de quebra ainda bateu o recorde das Américas com 1min08s23.
Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, dominou cada metro da piscina na final dos 50m costas classe S2, neste sábado (31), e ganhou seu segundo ouro nas Paralimpíadas de Paris 2024, categoria para atletas com deficiência físico-motor, com o tempo de 50s93.
No atletismo, destaque para uma dobradinha especial dos 400m T47, para atletas com amputação de braço. A veterana Fernanda Yara conseguiu o sonhado ouro 16 anos após sua primeira participação nas Paralimpíadas, e a novata Maria Clara Augusto estreou conquistando de cara um bronze.
“Eu estou com 38 anos. Eu comecei há muito tempo, em 2008, estou aqui em 2024, então já tem muito tempo que eu estou aqui. E olha quando eu consegui a medalha. Depois que eu já estou bem madura. Muita gente falou para mim assim: ‘Por que você não para? Está na hora, você não vai dar em nada.’ Então, esse nada foi campeã Paralímpica, campeã mundial, campeã Pan-Americana e futura recordista mundial. Quando a pessoa fala assim, você não consegue, eu vou lá e mostro que eu consigo. Estou no auge. A idade é só um número. Muita lenha para queimar”, desabafou Fernanda Yara.
A prata de Thalita Simplício nos 400m T11 e os bronzes de Joeferson Marinho nos 100m T12 e de Cícero Nobre no lançamento de dardo F57 completaram a participação brasileira nas pistas e no campo, neste sábado.
No tênis de mesa, o Brasil conquistou mais dois bronzes nas duplas, com Bruna Alexandre e Danielle Rauen, que ficaram em terceiro na classe 20, para atletas andantes. Resultado que se repetiu com Claudio Massad e Luiz Manara na 18, também para andantes.
O Brasil possui, até o momento, 24 medalhas, sendo: 8 de ouro, 4 de prata e 12 de bronze. Estamos à frente dos EUA que tem 6 ouros, 10 pratas e 5 bronzes, num total de 21 medalhas. A China lidera o ranking com 24 ouros, 19 pratas e 8 bronzes, totalizando 51 medalhas. Em seguida aparece a Grã-Bretanha com 17 medalhas de ouro, 10 de prata e 7 de bronze, num total de 34 medalhas.