Manifestantes protestaram nesse 1º de Maio em todo o país por emprego, contra a carestia, em defesa da democracia e direitos. Em todo o Brasil, os manifestantes portavam faixas e cartazes contra Bolsonaro.
No Rio de Janeiro, o ato organizado pelas centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos, aconteceu no Aterro do Flamengo e reuniu lideranças políticas como o deputado federal Marcelo Freixo (PSB), o deputado federal Alessandro Molon (PSB), a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), o vereador Lindbergh Farias (PT), entre outras.
Marcelo Freixo, que é candidato ao governo do Rio de Janeiro, parabenizou o povo brasileiro, “que batalha todos os dias para sustentar a família e buscar um futuro melhor”.
“A gente sabe que não está fácil, mas junto com Lula nós vamos fazer com que os governos do RJ e do Brasil sejam parceiros das famílias trabalhadoras”, disse.
A deputada Jandira Feghali exortou os presentes a irem às urnas para derrotar Bolsonaro, e citou “a esperança, a coragem e a determinação dos brasileiros”, que apesar de todas as perdas, saem às ruas para comemorar o 1º de Maio, “contra a carestia, o desemprego e o fascismo”. Esse “é o último Dia do Trabalhador com Bolsonaro à frente dos rumos do Brasil!”, disse.
Portando faixas que pediam a saída do presidente como “Fora Bolsonaro fascista” e “Chega de fome e corrupção”, os trabalhadores também protestaram em diversos pontos de Brasília na manhã deste domingo.
Além das críticas a Bolsonaro, os atos foram marcados pelos protestos contra a alta taxa de desemprego, a inflação que já atinge mais de 12%, os ataques aos direitos trabalhistas e sociais e a queda da renda dos trabalhadores.
Em Salvador, os manifestantes se reuniram no Farol da Barra. Dois trios ficaram parados na região para o evento que contou com personalidades políticas e representantes de esquerda na Bahia.
Estiveram presentes personalidades como as deputadas federais Lídice da Mata (PSB) e Alice Portugal (PC do B), a deputada estadual Olívia Santana e nomes da Câmara Municipal de Salvador como Maria Marighella (PT), Marta Rodrigues (PT) e Augusto Vasconcelos (PC do B). Durante os discursos, os políticos defenderam pautas como a revogação da reforma trabalhista, declararam apoio a Lula e Jerônimo Rodrigues (PT), pré-candidato do PT ao governo do Estado, e pediram que os eleitores também fiquem atentos para as eleições parlamentares, ou seja, o pleito para deputados e senado.
O evento foi finalizado com show de Margareth Menezes e Jau. Aí o público aumentou bastante. Logo no início da apresentação, várias pessoas se dirigiram em direção ao palco. Margareth foi quem abriu a apresentação com a música “Canto da Massa”, single de 2019, que foi seguida do hino Faraó.
Em Belo Horizonte, os manifestantes se concentraram desde às 9h na Praça Afonso Arinos. Portando faixas com os dizeres “Fora Bolsonaro” e “Lula Presidente”, os manifestantes, os representantes das centrais sindicais, movimentos sociais e partidos discursaram contra a reforma trabalhista, o desemprego, a carestia e a precarização do trabalho. De lá eles seguiram até a Praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, para a Feira Agroecológica do Movimento dos Sem Terra (MST).
“É um ato de luta e reflexão sobre o que está acontecendo com a classe trabalhadora. E temos vivido um dos piores momentos da nossa história desde 2016 para cá. O ato aqui é das centrais sindicais sobre o Dia 1° de maio, mas também defendendo a candidatura do Lula à Presidência da República, porque entendemos que o Bolsonaro não nos representa e não fez nada de bom para a classe trabalhadora”, afirmou Jairo Nogueira presente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG).
BOLSOLÃO DO BUSÃO
Na manifestação, um ônibus escolar de papelão com pintura dourada representando pepitas de ouro, onde se lia, “Bolsolão do Busão pra superfaturar quase um bilhão”, fazia referência à recente denúncia de superfaturamento feita pelo governo Bolsonaro na licitação de compra de 3.580 ônibus escolares.
As centrais CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), CUT (Central Única dos Trabalhadores), Intersindical (Central da Classe Trabalhadora) e o Coletivo Sindical e Popular Travessia e o Fórum Sindical, Popular e de Juventudes de Luta pelos Direitos e pelas Liberdades Democráticas organizaram o ato de protesto em Fortaleza (CE), que começou pela manhã.
A manifestação se concentrou no bairro Pirambu e seguiu em passeata até a Vila do Mar, no bairro Barra do Ceará. Sob o lema “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”, os manifestantes bradavam “Fora Bolsonaro” e defendiam emprego e fim da reforma trabalhista.
Em Natal (RN), o protesto organizado pelas centrais sindicais e partidos políticos aconteceu na Praça das Flores, no bairro de Petrópolis, e teve início às 9h.
Além do “Fora Bolsonaro”, os manifestantes também protestaram contra a alta do custo de vida, do preço da gasolina e do gás de cozinha.
“O Dia do Trabalhador não é dia de comemoração. A gente entende que é um dia de luta, dia de protesto, principalmente pelo momento que estamos vivendo, de muita dificuldade. O governo federal, não só esse atual, vem atacando a classe trabalhadora, principalmente com a reforma da previdência e a reforma trabalhista, se agrava muito mais com o governo Bolsonaro, que é um governo que claramente defende os empresários, e os trabalhadores ficam às margens dessas conquistas. Os trabalhadores estão na rua para dizer que a gente tem que lutar, porque sem luta a gente não vai conseguir nada”, afirmou Marcelo Tinoco, diretor da Intersindical-RN.
No Paraná, os principais atos ocorreram em Foz do Iguaçu – que, além da participação dos brasileiros, também contou com a presença de argentinos e paraguaios -, e em Londrina.
Em Fortaleza (CE), a concentração foi na Areninha do bairro Pirambu. Manifestantes levaram cartazes lembrando os 12 milhões de desempregados. O ato contou com representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da CSP Conlutas, entre outras organizações.
No sertão de Pernambuco, Petrolina (PE) foi palco de um ato político na feira do São Gonçalo, zona oeste da cidade. A proposta da organização foi dialogar com os trabalhadores que garantem a comida na mesa da população.
Atos e protestos também ocorreram em Salvador, Maceió, Natal, Aracaju, São Luís, Belém, Manaus, Vitória e Goiânia, entre outras capitais e municípios brasileiros. O ato do 1° de Maio que seria celebrado em Porto Alegre foi suspenso pelos organizadores por conta das fortes chuvas que caíram na madrugada e previsão de novas pancadas de chuva ao longo do dia.
o Dia do Trabalhador(a) sempre foi marcado por confraternização, luta por igualdade, Justiça e direitos da classe trabalhadora, mas bolsonaro e sua corja fascista tentaram fazer desse dia um dia de ameaças ás instituições, á Constituição e á Democracia. FORA MILICIANOS!!!