O advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, reuniu-se com a Organização dos Estados Americanos (OEA) e denunciou “o recente ataque coordenado pela extrema-direita transnacional contra a democracia brasileira” promovido pelo bilionário Elon Musk, dono do Twitter (atual X).
Ele se reuniu, na segunda-feira (8), com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão da OEA, nos Estados Unidos.
Em suas redes sociais, Jorge Messias escreveu que, “muito em breve, o Estado brasileiro apresentará propostas concretas e contundentes, com alcance internacional, na luta contra o discurso de ódio, a desordem informacional e o extremismo que alimenta o lucro fácil de muitas redes sociais”.
“As Bigs Techs precisam prestar contas e respeitar a legislação dos países onde operam. No Brasil, a liberdade de expressão é sagrada, mas não existe imunidade digital para cometimento de crimes. Somos pacíficos, mas sabemos defender com altivez nossa Constituição e as nossas instituições democráticas”, continuou.
Elon Musk tem afrontado o Supremo Tribunal Federal (STF) e falou que não vai bloquear contas criminosas. O bilionário diz defender a liberdade de expressão e que Alexandre de Moraes, ministro do STF, é um “ditador” por não permitir que crimes sejam cometidos.
Musk liberou as contas de golpistas, como Allan dos Santos, que usava seu site, Terça Livre, para disseminar fake news e ataques adversários de Jair Bolsonaro.
Ele tem se articulado diretamente com bolsonaristas, como o deputado Marcel van Hatten (Novo-RS) e Nikolas Ferreira (PL-MG), com mensagens compartilhadas atacando o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes.