“Defendi a democracia em tempos complexos. Tenho orgulho de ter agido de forma leal ao comandante do Exército e ao Exército Brasileiro”, afirma o ex-chefe do Estado-Maior do Exército, general Valério Stumpf Trindade
O general Valério Stumpf Trindade, ex-chefe do Estado-Maior do Exército, comentou os ataques feitos pelas milícias bolsonaristas aos militares que impediram o golpe de Estado planejado por Jair Bolsonaro e seus auxiliares mais próximos no final de 2022 e início de 2023. “Fui vítima de ataques por cumprir a minha obrigação”, afirmou o militar.
Stumpf foi um dos generais do Exército contrários ao golpe para impedir a posse de Lula.
O general e sua família foram atacados nas redes sociais por parte das milícias bolsonaristas e – segundo a investigação da PF – por militares que desejavam levar adiante a intentona bolsonarista.
A filha do general ouviu que o pai era um “traidor da Pátria”. Primeiro, as publicações tentaram pressioná-lo a aderir à trama golpista. Depois, passaram a culpá-lo pelo respeito às normas democráticas e ao resultado das urnas.
A Polícia Federal incluiu em seu relatório provas de que a milícia digital servia “para pressionar, atacar e expor os generais contrários ao golpe”. Uma publicação contra militares contrários ao golpe dizia: “Dos dezenove generais, estes cinco canalhas não aceitam a proposta do povo. Querem que Lularapio assuma (…). Repasse para ficarem famosos. Todos melancias, verdes por fora, vermelhos por dentro”.
Os golpistas acusavam Stumpf de ser ligado a Alexandre de Moraes, então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). “Por ser chefe do Estado-Maior à época, eu tinha contato com o Tribunal Superior Eleitoral [TSE], então presidido pelo ministro [Alexandre de Moraes]. Estávamos discutindo métodos para reforçar a segurança e a transparência das urnas eletrônicas”, afirmou à coluna de Paulo Cappelli. O Estado-Maior era responsável por interlocução da Força com a Secretaria-Geral do TSE.
“Alimentaram a versão de que eu seria ‘informante’, uma espécie de ‘leva e traz’, uma coisa bandida”, declarou Stumpf. “Aí algumas pessoas que não sabiam de nada distorceram tudo. Isso nunca aconteceu. É uma inverdade e uma agressão à minha pessoa. O contato era institucional”, disse o general. A disseminação desta mentira por sites ligados aos golpistas irritou o Alto-Comando do Exército.
O general, hoje dirigente da Poupex, órgão que oferece serviços de crédito, poupança e financiamento a militares, disse que se orgulha de ter defendido a legalidade. “Defendi a democracia em tempos complexos. Tenho orgulho de ter agido de forma leal ao comandante do Exército e ao Exército Brasileiro. Tudo o que fiz foi com o conhecimento do Alto-Comando do Exército, alinhado com o [então comandante] general Freire Gomes. Existe uma lealdade muito forte no Alto-Comando”, afirmou.
Está de parabéns este militar por cumprir a sua missão, por ter sido leal. O Brasil deve a este e outros personagens a estabilidade democrática. Tenho orgulho de todos!
Digníssimo este General que resistiu aos pseudos salvadores da Pátria. Este Digníssimo sim, é o verdadeiro Salvador da Pátria Democrática e única que temos e mantivemos. Vida longa parao seu grupo de generais legalistas.
Boa noite🌙! Lealdade e gratidão não tem preço . Este general optou pela legalidade; caso contrário teria envergonhado não só o país, mas, principalmente sua família Hoje pode bater no peito com orgulho..
Bolsonaro além de traidor é covarde, pois deixou a querer bando de maluco ao Deus Dará.
Parabéns general sou sua fã. Seja candidato a Presidência. Sr é digno..
Não defendeu a democracia, não em relação ao processo eleitoral em si, mas referente ao golpe do Supremo ao descondenar Lula, esse foi o maior ataque a democracia, se a esquerda não tinha um nome melhor para disputar com Lula, isso mostra como a esquerda é pobre.
E nós aqui pensando que as eleições fossem o auge da democracia institucional, tal como a conhecemos… Por sinal, o Lula ganhou as eleições.
Parabéns General! A democracia lhe agradece. O senhor é sim um herói deste país.