Depois, nesta quarta-feira (11), ele recuou e excluiu o vídeo
O ex-presidente corrido do Brasil e refugiado nos EUA, Jair Bolsonaro, fez uma publicação em seu perfil no Facebook açulando terroristas e afrontando o resultado das eleições, dizendo que “Lula não foi eleito pelo povo”, mas “escolhido pelo STF [Supremo Tribunal Federal] e TSE [Tribunal Superior Eleitoral]”.
A postagem foi feita na noite de terça-feira (10), mas, na manhã de quarta (11), Bolsonaro já tinha excluído.
Jair Bolsonaro usou um vídeo mentiroso e golpista para estimular os atentados terroristas que seus apoiadores estão fazendo contra a democracia, como os de domingo (8), em Brasília.
Os bolsonaristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional, berrando pela anulação da vitória de Lula, e apontando, sem provas, fraude nas eleições.
As Forças Armadas, o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) atuaram nas eleições como instituições fiscalizadoras e nenhuma delas registrou qualquer fato estranho ou indício de fraude.
No vídeo publicado por Jair Bolsonaro, um homem identificado como Dr. Felipe Gimenez faz diversas acusações infundadas contra as eleições.
“E digo isso, insisto, vou repetir: Lula não foi eleito pelo povo brasileiro. Lula foi escolhido pelo serviço eleitoral, pelos ministros do STF, pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral”, falou o homem.
O vídeo já contava com mais de 110 mil visualizações quando foi apagado do Facebook.
Jair excluiu a postagem devido à forte reação de todo o país contra o atentado golpista.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que “foram lavrados 1.261 autos de prisão e apreensão pela Polícia Federal” contra pessoas que participaram do ataque antidemocrático.
Os financiadores estão sendo rastreados, enquanto os agentes públicos que abriram a Praça dos Três Poderes para os golpistas estão sendo investigados.
O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, que foi ministro da Justiça de Jair Bolsonaro até o último dia de governo, teve sua prisão decretada pelo STF por ter sabotado a proteção da Praça dos Três Poderes.
Torres reassumiu a Secretaria de Segurança Pública no dia 2 de janeiro. Antes de ser ministro da Justiça, ele era secretário do DF.
Logo em seguida, exonerou diversas pessoas da estrutura e pediu férias, viajando para Orlando, nos Estados Unidos, mesma cidade onde Jair Bolsonaro está se escondendo.
O STF também determinou a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do DF, Fábio Augusto Vieira, por ter desmobilizado as tropas durante a invasão aos prédios públicos.