Jair Bolsonaro deixou claro na última sexta-feira (8) que se manterá de braços cruzados perante alta nos preços dos combustíveis.
“Eu não vou na canetada congelar o preço do combustível”, afirmou, em seu discurso na 1ª Feira Brasileira de Nióbio, em Campinas (SP).
“Não tenho poder sobre a Petrobrás. Não vou na canetada congelar o preço dos combustíveis. Muitos querem, mas já tivemos experiência de congelamento no passado”, disse.
“Quando se fala em combustível, somos autossuficientes. Ah, mas por que o preço atrelado ao dólar? Eu posso agora rasgar contratos?”, ironizou Bolsonaro – que quando lhe dá na telha dá “canetada” na máquina pública e no erário em favor de aliados, amigos e familiares.
Por determinação do governo, as refinarias da Petrobrás estão ociosas e sendo oferecidas a preço de banana para estrangeiros.
Bolsonaro tem desmontado o parque nacional de refino para beneficiar os importadores de combustíveis e as multinacionais que estão exportando derivados de petróleo para o Brasil.
Isso sem falar nos acionistas estrangeiros da Petrobrás que ganham com o preço atrelado ao dólar e ao barril, enquanto os brasileiros amargam os preços na lua dos combustíveis.
Com a inflação acumulada, em 12 meses, alta de 10,25% – indicador puxado principalmente pelos preços dos alimentos, conta da luz e combustíveis – o governo Bolsonaro permitiu que a direção da Petrobrás aumentasse ainda mais o custo da gasolina a gasolina e do gás liquefeito de petróleo (GLP), o popular gás de cozinha 13kg, nas refinarias da estatal.
Aumento médio de 7,2% para a gasolina e o GLP. A gasolina acumula alta de 39,60% nos dozes meses, o gás de cozinha subindo 34,67% e o etanol também tem 64,77%, segundo números do IBGE.
Nas refinarias, o preço do litro da gasolina acumula alta de janeiro a setembro de aproximadamente 62% e o do gás de 48%. Já nos postos, a gasolina já ultrapassa R$ 7 o litro e o gás de cozinha em média está em R$ 100, sendo que em alguns regiões do país o botijão de 13 kg pode ser encontrado ao custo extorsivo de R$ 135 – isto mesmo – cento e trinta e cinco reais.
Diante do desemprego e da carestia dos alimentos, da moradia, dos combustíveis e da energia, brasileiros sem renda para não padecer de fome reviram caçamba de lixo em busca de ossos de carne, sebos e outros restos de alimentos que foram descartados por açougues e restaurantes no mercado público de São Paulo.
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