Após protelar por dois meses e na iminência de uma decisão nada favorável no Supremo Tribunal Federal (STF), Jair Bolsonaro apresentou os laudos dos testes para coronavírus, que deram negativo.
Bolsonaro usou os pseudônimos “Airton Guedes”, “Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz” e “Paciente 05” para fazer os testes.
Desde que voltou dos Estados Unidos e fez os testes para coronavírus, em meados de março, Bolsonaro dizia que eles tinham dado negativo, mas se recusava tenazmente a apresentar uma prova.
Depois de não conseguir acesso aos laudos através da Lei de Acesso à Informação (LAI), o jornal O Estado de S. Paulo entrou na Justiça, que decidiu em seu favor.
A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu da decisão, alegando que as provas de que o presidente não fora contaminado pelo coronavírus faziam parte de sua “privacidade” e “intimidade”. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) chegou a lhe dar uma decisão favorável e suspendeu a determinação para apresentar os exames.
A matéria foi parar no STF. Porém antes do ministro Ricardo Lewandowski tomar sua decisão, Jair Bolsonaro se antecipou e apresentou os testes.
Lewandowski determinou que os laudos fossem tornados públicos. Os exames foram abertos ao público na quarta-feira (13).