
O Brasil confirmou pela primeira vez desde o início da pandemia do novo coronavírus mais de 70 mil infecções pelo Covid-19 em um único dia. De acordo com o balanço do Ministério da Saúde, foram registrados 70.574 diagnósticos positivos nas últimas 24 horas. Com o acréscimo, o Brasil ultrapassou a marca de 7 milhões de infectados desde o início da pandemia. Ao todo, 7.040.608 pessoas já testaram positivo.
Já em relação às mortes, o país atingiu a marca de 183.735 mortes por Covid-19 na última terça-feira (15), de acordo com o Ministério da Saúde. São 936 vítimas a mais que o registrado no dia anterior, sendo uma das maiores quantidades de mortes diárias desde 30 de setembro, quando foram confirmadas 1.031 mortes.
O país atinge esta triste marca enquanto o governo federal ainda sabota as iniciativas para vencer a pandemia. Nesta quarta-feira foi anunciado o Plano Nacional de Imunização contra o coronavírus. No entanto, não há no plano apresentado nem a data do início ou quais vacinas vão ser usadas no processo e nem mesmo a existência de seringas e agulhas para se garantir que as pessoas possam ser imunizadas.
Leia mais: “Plano de vacinação” de Bolsonaro não tem data, não tem seringa e nem vacina
Após observar uma queda da curva de casos e mortes, o país viu a média diária de infecções e óbitos aumentar desde o início de novembro. De acordo com análise do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), por dia, morrem, em média, 677 pessoas e há acréscimo diário de 44.594 casos.
A variação foi de +26% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.
A marca de 7 milhões de diagnósticos positivos só foi atingida pelos Estados Unidos, que já somam mais de 16 milhões de casos, e pela Índia, que se aproxima de 10 milhões de testes positivos.
Os dados são atualizados diariamente pelo portal do Conass.
https://www.conass.org.br/painelconasscovid19/
ESTADOS EM ALTA
Dezessete estados mais o Distrito Federal apresentaram tendência de alta na média móvel de mortes. Entre quarta e quinta da semana passada, o país registrou o maior número de estados em alta desde o início do cálculo pelo consórcio: 21.
O estado do Paraná prorrogou por mais seis meses o decreto de calamidade pública por conta da pandemia. O estado foi o que mais cresceu nos últimos dias, chegando a mais de 88% a média móvel de casos,
O decreto começou a valer em março deste ano e terminaria no dia 31 de dezembro. O documento foi encaminhado à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para que seja homologado pelos deputados.
O governo explica que a medida é necessária em função do crescimento de casos da Covid-19. O decreto estadual entra em vigor assim que for aprovado pela Alep.
O estado da Paraíba e do Mato Grosso do Sul também aumentaram os casos relativamente, a média móvel da Paraíba chegou a mais de 92% e a do Mato Grosso do Sul em 93% nos últimos 14 dias.
PAÍSES
Só os Estados Unidos têm mais vítimas que o Brasil, mais de 310 mil até a última terça (15). O Brasil tem uma taxa de 87,3 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos, e o Reino Unido, ambos à frente do Brasil na pandemia, têm 92,7 e 97,8 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 114.298 óbitos, tem 90,6 mortes para cada 100 mil habitantes. Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 114,9. O país tem 36.754 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 143.709 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 10,6 óbitos por 100 mil habitantes.